Um mito exótico? A recepção crítica de Orfeu Negro de Marcel Camus (1959-2008)

Autores

  • Anaïs Fléchet Universidade Paris IV-Sorbonne

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2009.68091

Palavras-chave:

Intercâmbios culturais, Crítica cinematográfica, Música popular, Brasil, França, Estados Unidos.

Resumo

Palma de Ouro em 1959, Orfeu Negro, do cineasta Marcel Camus, conhecido também como Orfeu do carnaval e Black Orpheus, teve uma recepção crítica ambígua desde então. Se, por um lado, o sucesso do filme deu um impulso fundamental à divulgação do cinema e da música brasileira no exterior nos anos 1960, foi também denunciado em nome da autenticidade da própria cultura brasileira. A análise dos documentos da produção, bem como dos artigos publicados nas revistas européias e norte-americanas, permite repensar o papel do filme nas relações interculturais entre Brasil, França e Estados Unidos. A hipótese defendida é que, apesar das críticas formais e ideológicas, Orfeu Negro constitui um documento de primeira ordem para o estudo da paisagem cultural carioca do final dos anos 1950 e da história das transferências culturais.

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Publicado

12/23/2009

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fléchet, A. (2009). Um mito exótico? A recepção crítica de Orfeu Negro de Marcel Camus (1959-2008). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 36(32), 43-62. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2009.68091