À sombra da casa-grande: patriarcado, loucura e ressentimento em "Fogo morto"
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-8997.teresa.2018.148765Resumo
Resumo: O romance Fogo morto, de José Lins do Rego, foca três vozes dilaceradas entre a decadência do patriarcado e a promessa da modernidade. Os protagonistas estão à mercê da presença sufocante da casa-grande que domina a obra de modo objetivo e metafórico. Os espaços da narrativa – a casa-grande, o casebre e a vila – articulam-se formalmente aos dramas encenados, permitindo refletir acerca da predominância da esfera da família, o espaço privado, diante da difícil conquista do espaço público, local por excelência do homem livre. Em face do impasse encenado, tanto a esfera da dependência, marcada pelas tentativas falhadas de emancipação; quanto a esfera do poder, aferrada à aristocracia rural ruinosa, estarão sujeitas aos modos da loucura e do ressentimento.
Palavras-chave: Fogo Morto, José Lins do Rego, patriarcado, espaço privado e espaço público, loucura.
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