O duplo ou a metade: João Cabral via Mondrian
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-8997.teresa.2021.170451Palavras-chave:
João Cabral de Melo Neto, Piet Mondrian, Literatura comparada, Poesia brasileiraResumo
Este artigo propõe uma análise de “No centenário de Mondrian”, poema de João Cabral de Melo Neto publicado em Museu de tudo (1975). Sem ignorar as já conhecidas semelhanças entre a plasticidade ortogonal de Piet Mondrian e a linguagem calculada de João Cabral, o artigo arrisca uma interpretação que enfatiza os aspectos mais instáveis do poema, os quais revelam um outro modo de apreensão do trabalho do artista homenageado e, ao mesmo tempo, uma revisão consciente de certos pressupostos que sustentavam a poesia cabralina desde, pelo menos, O engenheiro (1945).
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