Redes sociais e recrutamento: o caso dos diretores e presidentes do Banco Central do Brasil (1994-2016)
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.125881Palavras-chave:
Banco Central, Redes sociais, Carreira, Dirigentes, PresidentesResumo
Este artigo analisa a trajetória profissional de 45 dirigentes do Banco Central do Brasil (diretores e presidentes). O objetivo é captar a estrutura da carreira desses agentes, levando-se em consideração todos os cargos ocupados e a conexão entre eles. Para tanto, usamos a metodologia da Análise de Redes Sociais (ARS), em particular as suas medidas de centralidade (degree e betweeness) e suas técnicas de clusterização. As fontes utilizadas foram as biografias disponíveis na página da instituição, os currículos submetidos à aprovação do Senado Federal, o website da Bloomberg e o sistema Bloomberg Professional, além do Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro do CPDOC. Nossas conclusões apontam para a complexidade das carreiras desses agentes, que combinam os setores público, privado e de ensino.
Downloads
Referências
Adolph, Christopher. (2013), Bankers, bureaucrates, and Central Bank politics: the myth of neutrality. Nova York, Cambridge University Press.
Ansell, Christopher et. al. (2016), “Who says networks, says oligarchy? Oligarchies as ‘rich club’ networks”. Connections, 35 (2): 20-32.
Béland, Daniel. (2010), “The idea of power and the role of ideas”. Political Studies Review, 8: 145-154.
Blyth, Mark. (2002), Great transformations: economic ideas and institutional change in the Twentieth Century. Cambridge, Cambridge University Press.
Borgatti, S. P. & Everett, M. G. (1997), “Network analysis of 2-mode data”. Social Networks, 19 (3): 243-269.
Cervi, Emerson. (2015), “Análise de elites em perspectiva relacional: a operacionalização da análise de redes sociais (ars)”. In: Perissinotto, R. & Codato, A. (orgs.). Como estudar elites. Curitiba, Editora da ufpr, pp. 95-118.
Codato, Adriano et al. (2016), “Mainstream econômico e poder: uma análise do perfil dos diretores do Banco Central do Brasil nos governos do psdb e do pt”. Nova Economia, 26 (3): 687-720.
Colander, D. et al. (2004), “The changing face of mainstream economics”. Review of Political Economy, 16 (4): 485-499.
Cukierman, Alex. (1992), Central Bank strategy, credibility, and independence: theory and evidence. Cambridge, The mit Press.
Dequech, David. (2007). “Neoclassical, mainstream, orthodox, and heterodox economics”. Journal of Post Keynesian Economics, 30 (2): 279-302.
Farvaque, Etienne et al. (2009), “Select your committee: the impact of Central Bankers’ background on inflation”. Economie Internationale, (117): 99-129.
Girvan, M. & Newman, M. E. (2002). “Community structure in social and biological networks”. Proc. Natl. Acad. Sci. 99 (12): 7821-7826.
Göhlmann, Silja & Vaubel, Roland. (2007), “The educational and occupational background of central bankers and its effect on inflation: an empirical analysis”. European Economic Review, 51 (4): 925-941. Disponível em http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0014292106000675, consultado em 14 jan., 2015.
Goldstein, Judith & Keohane, R. O. (1993), “Ideas and foreign policy: an analytical framework”. In: Goldstein, J. & Keohane, R. O. (orgs.). Ideas and foreign policy: beliefs, institutions and political change. Ithaca, Cornell University Press, pp. 3-30.
Granovetter, M. (1994), “Business Group.” In: Smelser, N. J. & Swedeberg, R. The handbook of economic sociology. Princeton, Princeton University Press, pp. 453-475.
Hall, Peter (org.). (1989), The political power of economic ideas: keynesianism across nation. Princeton, Princeton University Press.
Horochovski, Rodrigo et al. (2016), “Estruturas de poder nas redes de financiamento político nas eleições de 2010 no Brasil”. Opinião Pública, 22 (1): 28-55.
Lebaron, Frédéric. (2010), “European Central Bank leaders in the global space of Central Bankers: a geometric data analysis approach”. French Politics, 8 (3): 294-320.
Loureiro, M. R. (1997), “Gestão econômica e democracia: uma perspectiva comparada”. In: _________. Os economistas no governo: gestão econômica e democracia. Rio de Janeiro, Editora Fundação Getulio Vargas, pp. 119-173.
Marques, E. C. (1999), “Redes sociais e instituições na construção do Estado e da sua permeabilidade”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 14 (41): 45-67.
_________. (2006), “Redes sociais e poder no Estado brasileiro: aprendizados a partir de políticas urbanas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 21 (60): 15-41.
Mintz, B. & Schwartz, M. (1985). The power structure of Americam business. Chicago, University of Chicago.
Novelli, J. M. N. (2002), Instituições, política e ideias econômicas: o caso do Banco Central do Brasil (1965-1998). São Paulo, Annablume.
Offe, Claus & Ronge, Volker. (1984), “Teses sobre a fundamentação do conceito de ‘Estado capitalista’ e sobre a pesquisa política de orientação materialista”. In: Offe, Claus (org.). Problemas estruturais do Estado capitalista. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro.
Olivieri, Cecília. (2007), “Política, burocracia e redes sociais: as nomeações para o alto escalão do Banco Central do Brasil”. Revista de Sociologia e Política, (29): 147-168. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782007000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.
Schmidt, V. A. (2010), “Taking ideas and discourse seriously: explaining change through discursive institutionalism as the fourth ‘new institutionalism’”. European Political Science Review, 2 (1): 1-25.
Scott, J. (1988). “Social network analysis and intercorporate relations”. Hitotsubashi Journal of Commerce and Management, 1 (23): 53-68.
Sikkink, Kathryn. (1991), Ideas and institutions: developmentalism in Brazil and Argentina. Ithaca, Cornell University Press.
Wasserman, S. & Faust, K. (1994). Social network analysis: methods and applications. Cambridge, Cambridge University Press.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Tempo Social

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.