Ressonância e aderência no Memorial Machadinha
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672022v30e15Palavras-chave:
Patrimônio cultural, Quilombo Machadinha, Memória, Ressonância, AderênciaResumo
Este trabalho analisa as relações sociais dos sujeitos da comunidade quilombola da Machadinha e a cultura por ela e nela preservada. Uma interação patrimônio-sociedade em constante transformação no espaço e no tempo, em que o presente comunitário está permanentemente interligado ao passado e à memória da antiga fazenda Machadinha, engenho
de cana de açúcar previamente existente na região. Nosso foco será o estudo da mudança de narrativas percebida e a consequente reformulação da exposição de longa duração do Memorial Machadinha, que se seguiu à mudança em sua gestão. O Memorial se propõe ser um aparato cultural com ênfase na memória e história do quilombo. Buscaremos evidenciar as especificidades presentes nas relações entre a população e o poder público local, bem como no patrimônio cultural da comunidade, analisando-as a partir dos conceitos de “ressonância”, cunhado por Stephen Greenblatt, e de “aderência”, cunhado por Luiz C. Borges e Marcio D’Olne Campos.
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