Miguel Ciera: um demarcador de limites no interior sul-americano (1750-1760)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-47142009000200010Palavras-chave:
Expedição de Limites, Miguel Ciera, Iconografia sul-americana, PantanalResumo
Estudam-se os trabalhos produzidos por Miguel Ciera tendo como pano de fundo a viagem realizada pela Terceira Partida de Limites, que, por ordem de Portugal, percorreu o interior da América Meridional entre 1752-1756. Na função de astrônomo e cosmógrafo da equipe demarcadora, este engenheiro paduano subiu o rio Paraguai até alcançar a boca do Jauru e ali, junto com seus companheiros, fixou o marco divisório, substanciando in loco o Tratado de Limites. Foi durante esta viagem que Ciera colheu informações para construir o seu Mappa geographicum quo flumen Argentum, Paranà et Paraguay [...], um belo atlas, com o qual presenteou o rei Dom José I em 1758. Nele, além de precisas cartas geográficas, registrou a lápis e a aquarela elementos da fauna, tipos populares e vistas de paisagens, criando o primeiro conjunto iconográfico da região que, no século XVIII, passou a receber o nome de Pantanal. Neste artigo, analisa-se esta obra, buscando demonstrar que ela não se constituiu apenas num belo atlas, mas que se trata de um refinado documento visual com o qual Miguel Ciera oferece ao monarca de Portugal as mais primorosas informações sobre os territórios interiores nos quais se traçou a linha de limites.Downloads
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Publicado
2009-12-01
Edição
Seção
Estudos de Cultura Material
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Como Citar
COSTA, Maria de Fátima. Miguel Ciera: um demarcador de limites no interior sul-americano (1750-1760) . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 189–214, 2009. DOI: 10.1590/S0101-47142009000200010. Disponível em: https://periodicos.usp.br/anaismp/article/view/5519.. Acesso em: 1 abr. 2025.