Ornato e despojamento no mundo fabril
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-47142011000100002Palavras-chave:
Arquitetura Fabril, Vilas Operárias, Ecletismo, Historicismo, Ornato, DespojamentoResumo
O artigo investiga algumas das tendências da arquitetura gerada por fábricas - galpões industriais, moradias, igrejas, escolas, clubes etc. -, erguida no Brasil entre as duas últimas décadas do século XIX e as primeiras do XX. Apoia-se em amplo inventário, como base para um esforço de análise que se propõe a identificar os temas e usos predominantes dos ornatos aplicados a construções geradas por fábricas, as referências historicistas mobilizadas e eventuais rupturas de signos arquitetônicos tipológicos, e, no limite, a abolição de ornatos e dos referidos signos. Assim, de um lado, trata da penetração da linguagem eclética nessas construções, investigando o repertório formal utilizado em diferentes tipologias. De outro, trata da simultânea difusão de uma estética tipicamente fabril, fundamentada em noções de economia, eficiência, utilidade e funcionalidade. Mostra como tais noções se expressam ora em uma simplificação ou ausência de ornatos, ora no uso de ornatos cujos temas remetem ao mundo das máquinas; às vezes, no distanciamento ou abandono de signos arquitetônicos tipológicos consagrados; ou, ainda, no emprego de materiais produzidos industrialmente e que se difundiram a partir, sobretudo, da arquitetura de fábricas.Downloads
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Publicado
2011-06-01
Edição
Seção
Estudos de Cultura Material
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Como Citar
CORREIA, Telma de Barros. Ornato e despojamento no mundo fabril . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 11–80, 2011. DOI: 10.1590/S0101-47142011000100002. Disponível em: https://periodicos.usp.br/anaismp/article/view/5542.. Acesso em: 6 abr. 2025.