Citogenotoxic response of juvenile cobia Rachycentron canadum (Linnaeus, 1766) reared in two different systems

Resumo

A produção da aquicultura vem crescendo em todo o mundo e o cultivo de peixes marinhos no Brasil é ainda muito recente. Condições intensivas de aquicultura podem causar estresse fisiológico ao organismo do cultivo, o que pode ser avaliado por biomarcadores citogenotóxicos. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito genotóxico das condições de cultivo nos eritrócitos de juvenis de beijupirás Rachycentron canadum usando o ensaio cometa e o ensaio de micronúcleo e outras anormalidades nucleares. Juvenis de beijupirá foram cultivados por 13 semanas em um tanque indoor com circulação aberta de água e em um tanque-rede. O ensaio comera e o ensaio de anormalidades nucleares detectaram um maior dano ao DNA e uma maior frequência de anormalidades nucleares em eritrócitos de peixes cultivados no tanque indoor. Results showed that two methods are complementary. Além disso, beijupirás foram injetados com β-naftoflavona (BNF) nas concentrações de 2mgkg-1 e 10mgkg-1 em condições controladas de laboratório e mantidos por 7 dias em tanques separados para um melhor entendimento dos mecanismos de resposta dessa espécie a uma substância tóxica. O ensaio cometa não detectou nenhuma diferença significativa entre os peixes injetados com BNF e os da condição controle, enquanto que o ensaio das anormalidades nucleares apresentaram diferenças significativas entre peixes injetados com BNF e os do controle. Os danos identificados pelo ensaio cometa são quebras reparáveis na fita do DNA, enquanto que as anormalidades nucleares são permanentes. Possivelmente, o período de de manutenção dos peixes nos tanques após a injeção foi suficiente para limpar a BNF dos organismos e reparar as quebras na fita do DNA. Como os beijupirás parecem responder muito bem a compostos genotóxicos, o ensaio cometa e o ensaio de anormalidades nucleares podem ser ferramentas úteis para monitorar as condições de cultivo.