O contrário da morte é a festa: Uma análise sobre a Festa do Preto Velho enquanto patrimônio autorregistrado de Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i1pe212843Palavras-chave:
Patrimônio Cultural Imaterial, Festa do Preto Velho, Povos de terreiro, Comunidades afrorreligiosas, Festejos sagrados, Religiões Afro-indígenasResumo
A Festa do Preto Velho ou Noite da Libertação é uma celebração afrorreligiosa que acontece desde 1982, na Praça 13 de Maio, na cidade de Belo Horizonte. Esse festejo sagrado abre possibilidades de comemoração do “fim da escravidão”, imprimindo uma abordagem diferenciada sobre como relembrar o dia em que, oficialmente, determinava-se a extinção de uma das piores condições da existência humana imposta sobre uma enorme população sequestrada do continente africano. Alguns temas enunciados por essa festa remetem ao debate sobre a permanência da precariedade e da violência contra os afrodescendentes na sociedade brasileira, na atualidade. Além disso, a praça, logradouro público da cidade, é reconhecida como um lugar que se torna investido de axé (ou ngunzo) e, no dia da festa, transforma-se na extensão dos próprios terreiros de umbanda e candomblé, como espaços de memória e celebração da vida que são regidos pelo contrário da morte: a festa!
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