Nas tramas do crack. Etnografia da abjeção
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v24i24p585-590Palabras clave:
Nas tramas do crack. Etnografia da abjeção, ResenhaResumen
Usando as teorias antropológicas para dar liberdade a sua discussão,
essa é uma etnografia sofisticada e de fôlego, que nos faz andar pelas cidades,
atentos aos detalhes que vão além de uma impressão abjeta. Com
prefácio de Heloisa Pontes e posfácio escrito por Simone Frangella, o livro
é resultado da tese de doutorado em Antropologia Social de Taniele Rui,
Prêmio Capes de Tese em 2013. A antropóloga usa muito bem sua inserção
no campo do trabalho de redução de danos nas cidades de Campinas e
São Paulo para realizar uma aproximação com os interlocutores e produzir
uma etnografia conceituada, que mostra uma realidade até então vista por
olhares distanciados. Resultado de um trabalho de campo de quinze meses,
o texto apresenta um olhar aproximado sobre a “cracolândia”,1 em São
Paulo, e a boca do Paranapanema e o prédio da Vila Industrial, ambos na
cidade de Campinas, evidenciando a dinâmica das pessoas que ali vivem e
se relacionam. As sensações e limites da antropóloga em campo têm lugar
cativo no texto, dando um grande poder à etnografia: mostrar que há vida,
sociabilidade e pessoas nesse contexto.
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