­­­O sionismo arendtiano e a apatridia dos judeus na Shoá

Autores/as

  • Desirée Garção Puosso Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Karina Stange Calandrin Programa San Tiago Dantas de Pós-Graduação em Relações Internacionais PUC-SP/ UNESP/ UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2024.222058

Palabras clave:

Apátridas, Direito, Sionista, Pária

Resumen

Apresentado no I Congresso Internacional de Estudos Judaicos da Universidade de São Paulo.

O povo judeu sofreu as perseguições do Reich Nazista na Europa fruto de um sentimento antissemita que já vinha de muito antes do regime Nazista. O clima de xenofobia e discriminação a tudo que era considerado diferente ascendia exponencialmente a cada dia. Na Alemanha o sentimento conservador vai se desenvolvendo cada vez mais no contexto da República de Weimar, criada no período em que a Alemanha estava prestes a perder a Primeira Guerra Mundial e ficava no ar o saudosismo de uma nação outrora poderosa, dos tempos do Império Alemão, em comparação com a nova realidade democrática, mas economicamente deficiente. Muitos grupos perseguidos durante esse período tiveram seus direitos reduzidos a nada, em especial durante as Leis de Nuremberg. Esse corpo jurídico incorporava muitas das teorias raciais embasadas pelo racismo científico da ideologia nazista. O presente trata do genocídio do povo judeu (Shoá), que se tornou alvo do extremismo/fanatismo e da política terrorista estatal da época, tratando-se de um povo sem Estado e isolado, uma minoria que não tinha representatividade, muitos considerados apátridas até por uma questão de assimilação/política migratória dos Estados Nações dos quais faziam parte, muitas vezes sem “direito a ter direitos”. A partir disto, será analisado o movimento sionista na perspectiva do pensamento arendtiano, onde encontramos definidos os conceitos de pária e sociedade do descarte. A metodologia utilizada é baseada em pesquisas bibliográficas, além da utilização de dados teóricos, conceituais e históricos.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Referencias

ACCIOLY, Hildebrando. Manual de Direito Internacional Público. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

ARENDT, Hannah. A condição Humana. Trad. Roberto Raposo 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.

ARENDT, Hannah. Escritos Judaicos. Trad. Laura Degaspare Monte Mascaro, Luciana Garcia de Oliveira, Thiago Dias da Silva. Barueri-SP: Amarilys, 2016.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. António de Castro Caeiro. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: As consequências humanas. Tradução Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.

COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. Trad. Marcia Bandeira de Mello Leite Nunes. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

GHERMAN, Michel. Entre a Nakba e a Shoá: catástrofes e narrativas nacionais, História (São Paulo), vol. 33, núm. 2, julho-dezembro, 2014, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

GOFFMAN, Erving. Estigma – notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.

HARI, Johann, Israel's voice of reason: Amos Oz on war, peace and life as an outsider. Disponível em: <http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/israels-voice-of-reason-amos-oz-on-war-peace-and-life-as-an-outsider-1648254.html>. Acesso em 10 set. 2017.

HOBSBAWN, Eric J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

HUSEK, Carlos Roberto. Curso e Direito Internacional Púbico. 13. ed. São Paulo: LTr, 2015.

LIMA, Alceu Amoroso. Os direitos do homem e o homem sem direitos. 2 ed. Rio de Janeiro: Educam, 1999.

LUKACS, Yehuda. Documents on the Israeli-Palestinian Conflict. Cambridge: University Press, 984.

SOUZA, Motauri Ciocchetti de; VINCI, Wilson José Júnior. Globalização e direito humano cultural. São Paulo: Revista de Direito Internacional e Globalização Econômica, v. 1, n. 1, 2019.

SOUZA, Vinícios Silva de. O homo faber segundo Hannah Arendt. Dissertação de Pós-graduação em Filosofia – Universidade de Brasília. Brasília: UNB, 2013¬¬¬.

STEINBERG, Gabriel. O sionismo de Ahad Haam e sua relação com a língua hebraica. Belo Horizonte: Arquivo Maaravi, v. 9, n. 16, maio, 2015.

OZ, Amós. Como Curar um Fanático: Israel e Palestina: entre o certo e o certo. Tradução de Paulo Geiger. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

Publicado

2024-12-30

Número

Sección

ANTISSEMITISMO

Cómo citar

Garção Puosso, D., & Calandrin, K. S. . (2024). ­­­O sionismo arendtiano e a apatridia dos judeus na Shoá. Cadernos De Língua E Literatura Hebraica, 26, 43-62. https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2024.222058