Sobreviver para Narrar: o Testemunho do Testemunho em Maus
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2015.108756Palavras-chave:
Quadrinhos, Autobiografia, Testemunho, Subjetivação, DessubjetivaçãoResumo
Maus: a história de um sobrevivente (2009), publicado originalmente por Art Spiegelman entre 1973 e 1986, narra as memórias de sobrevivência de seu pai, Vladek Spiegelman, que foi segregado em guetos e confinado em campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O romance em quadrinhos de Spiegelman é uma autobiografia colaborativa, visto que entremeia as memórias do jovem adulto herdeiro da catástrofe com as memórias de seu pai. Nesta narrativa autobiográfica em cascata, buscamos investigar marcas verbo-visuais dos processos autorais de subjetivação e dessubjetivação de quem, segundo Levi (1990, p. 47-48), testemunha por delegação o que viu de perto, mas não viveu pessoalmente, pois apenas as reais testemunhas, que submergiram e não sobreviveram para narrar, poderiam fazê-lo.
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