O perfil facial e a prevalência de canal mandibular bífido

Autores

  • Isaura Cristina Senna de Oliveira Faculdade São Leopoldo Mandic
  • Milena Bortolotto Felippe Silva Zenith Escola de Educação Continuada
  • Ricardo Raitz Universidade Municipal de São Caetano do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2357-8041.clrd.2021.173249

Palavras-chave:

Canal mandibular, Tipos faciais, Tomografia computadorizada de feixe cônico

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência dos canais mandibulares bífidos (CMB) e correlacioná-los com os tipos faciais (TF) por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Material e método: A amostra, composta por 180 hemimandíbulas (90 pacientes), foi determinada por: TF, sexo, idade e lado da face. O TF foi determinado utilizando o índice VERT de Ricketts. As TCFC foram dispostas em três grupos de acordo com os TF: 30 pacientes braquifaciais, 30 mesofaciais e 30 dolicofaciais. Os CMB foram classificados de acordo com Naitoh et al. (2011). As imagens foram classificadas e avaliadas por um radiologista treinado, utilizando os softwares Dolphin Imaging® 11.0 e XoranCat®. A comparação entre os grupos em relação ao sexo, lado acometido e classe do CMB foi feita pelo teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher; a influência da idade em relação ao sexo e presença de CMB, pelo teste de Mann-Whitney e, em relação ao TF, pelo teste de Kruskal-Wallis. A relação entre o sexo dos pacientes e presença do CMB, pelo teste Exato de Fisher. O nível de significância considerado foi de 5% para todos os testes. Resultados: A proporção de pacientes com CMB na amostra foi de 14.4%, sendo o mais frequente o tipo C sentido alveolar (53.8%), seguidos dos tipos D sentido retromolar (15.4%), tipo E sentido lingual (15.4%) e tipo F sentido base da mandíbula (7.7%). Quando o CMB estava presente, não houve predominância de lado nem influência pelo sexo. Conclusão: O TF não afeta a presença ou o tipo de CMB.

Objetivo: Avaliar a prevalência dos canais mandibulares bífidos (CMB) e correlacioná-los com os tipos faciais (TF) por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Material e método: A amostra, composta por 180 hemimandíbulas (90 pacientes), foi determinada por: TF, sexo, idade e lado da face. O TF foi determinado utilizando o índice VERT de Ricketts. As TCFC foram dispostas em três grupos de acordo com os TF: 30 pacientes braquifaciais, 30 mesofaciais e 30 dolicofaciais. Os CMB foram classificados de acordo com Naitoh et al. (2011). As imagens foram classificadas e avaliadas por um radiologista treinado, utilizando os softwares Dolphin Imaging® 11.0 e XoranCat®. A comparação entre os grupos em relação ao sexo, lado acometido e classe do CMB foi feita pelo teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher; a influência da idade em relação ao sexo e presença de CMB, pelo teste de Mann-Whitney e, em relação ao TF, pelo teste de Kruskal-Wallis. A relação entre o sexo dos pacientes e presença do CMB, pelo teste Exato de Fisher. O nível de significância considerado foi de 5% para todos os testes. Resultados: A proporção de pacientes com CMB na amostra foi de 14.4%, sendo o mais frequente o tipo C sentido alveolar (53.8%), seguidos dos tipos D sentido retromolar (15.4%), tipo E sentido lingual (15.4%) e tipo F sentido base da mandíbula (7.7%). Quando o CMB estava presente, não houve predominância de lado nem influência pelo sexo. Conclusão: O TF não afeta a presença ou o tipo de CMB.

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Biografia do Autor

  • Isaura Cristina Senna de Oliveira, Faculdade São Leopoldo Mandic

    Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil

  • Milena Bortolotto Felippe Silva Zenith, Escola de Educação Continuada

    Escola de Educação Continuada, Florianópolis, SC, Brasil

  • Ricardo Raitz, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

    Universidade Municipal de São Caetano do Sul, São Caetano do Sul, SP, Brasil

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Publicado

2021-02-26

Edição

Seção

Artigos originais