A recepção das obras de Jorge Amado na China
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2359-5388.i14p23-48Keywords:
Jorge Amado, Tradução, ChinaAbstract
Na literatura brasileira, e também na literatura traduzida na China, Jorge Amado (1912-2001) é uma das referências obrigatórias. O autor escreveu mais de 30 livros ao longo de 70 anos, tendo tido 15 de seus títulos traduzidos para o chinês. Foi o primeiro escritor brasileiro a ser publicado em chinês, após a fundação da República Popular da China, em 1949. Com tantas obras traduzidas, Jorge Amado passou a ser muito “amado” pelos chineses. E é ainda hoje o escritor brasileiro mais traduzido e, por conseguinte, a figura mais importante na difusão da cultura brasileira na China. No entanto, a tradução das obras de Jorge Amado na China não foi determinada primeiramente por uma ótica literária, mas sim política e ideológica. Na qualidade de membro do Partido Comunista do Brasil, as causas defendidas nas obras do escritor brasileiro eram aplaudidas pelo jovem governo comunista chinês nos anos 1950, quando Jorge Amado foi apresentado aos chineses como “lutador da paz”, em vez de escritor. Devido à realidade sócio-histórica e cultural na China, a tradução de suas obras não foi contínua. Ela ocorreu basicamente em dois momentos significativos: na primeira metade dos anos 1950 e nos anos 1980, o que será apresentado neste artigo. Do ponto de vista literário, no entanto, essa segunda fase de tradução, na década de 1980, é a mais importante, uma vez que a ideologia política deixou de ser o critério principal na tradução de escritores estrangeiros na China, e assim o charme singular das obras de Jorge Amado tornou-se o “passaporte” para sua entrada na China.
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