Sobre a Revista

Foco e Escopo

Caros colegas pós-graduandos e professores,

O objetivo da Desassossego, revista do programa de Pós-Graduação em Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), é divulgar a produção acadêmica inédita (artigos, entrevistas e resenhas) de pós-graduandos e professores, relacionada a temas portugueses, ainda que os autores pertençam a outras áreas de atuação.

A revista também aceita textos literários inéditos, em prosa ou verso, de alunos matriculados em quaisquer programas de pós-graduação ou professores universitários.


Processo de Avaliação pelos Pares

As submissões podem ser feitas em fluxo contínuo, observando as duas datas de fechamento especificadas no item "Próximas edições". Todos os textos submetidos devem ser escritos em língua portuguesa.

Os artigos serão avaliados por dois pareceristas ad hoc pelo sistema de duplo cego (avaliação por pares cega). Em caso de conflito de avaliações, um terceiro parecerista será convocado. Os demais textos serão avaliados pelo comitê editorial da revista.

Os textos críticos serão: indicados para publicação (seguindo os conceitos A, B e C), indicados para reformulação ou não indicados. Os editores reservam-se o direito de selecionar os textos para publicação conforme critérios de relevância da CAPES.

Os artigos são avaliados segundo os seguintes critérios:

  1. Uso adequado da língua portuguesa, de forma clara e sem ambiguidades;
  2. Coerência na articulação de conceitos teóricos;
  3. Utilização apropriada das referências bibliográficas;
  4. Apresentação clara dos objetivos e métodos;
  5. Originalidade e relevância do assunto tratado.

OBS: Devido ao grande volume de artigos que temos recebido, a avaliação pode ocorrer em até um ano da data de recebimento; quando aprovados, podem ser publicados no número corrente ou no próximo. Artigos cujo parecer foi restritivo passam automaticamente para o número seguinte para a devida verificação das mudanças solicitadas.


Periodicidade

A Desassossego é uma revista semestral.


Política de Acesso Livre

Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.  


Licença

A Revista Desassossego utiliza a CC BY NC (atribuição não-comercial)

e reconhece que os Autores têm autorização prévia para assumirem contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva de versão dos seus trabalhos publicados, desde que fique explicitado o reconhecimento de sua autoria e a publicação inicial nesta revista.
A revista não cobra taxas de publicação de seus colaboradores.


Direitos autorais | Ética | Antiplágio

A Revista Desassossego garante aos autores dos artigos os direitos autorais e os direitos de publicação sem restrições.
A revista segue as diretrizes do Committee on Publications Ethics (COPE). 


Resolução de conflitos de interesse e violações éticas

Os editores tomarão as medidas necessárias para identificar e prevenir a publicação de artigos nos quais ocorram má conduta de pesquisa ou violações éticas, incluindo plágio, manipulação de citações e falsificação /fabricação de dados, ausência de autorizações pertinentes, discriminação, entre outros. As situações e alegações que chegarem ao conhecimento dos editores e avaliadores serão levadas à Comissão Editorial, que tomará as providências cabíveis, incluindo o encaminhamento a instâncias superiores da Universidade de São Paulo, se necessário.

A partir do vol. 12, n. 22, a verificação de similaridade passa a ser feita pela ferramenta Turnitin, com acesso disponibilizado pela Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais - ABCD - USP.

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Vale lembrar que a Revista Desassossego publica EXCLUSIVAMENTE textos que se debrucem sobre a literatura e/ou arte e/ou cultura portuguesa. Artigos em perspectiva comparada serão aceitos, desde que ao menos um dos objetos principais de análise seja português. Artigos dedicados exclusivamente ou prioritariamente a obras de autores de outras nacionalidades serão recusados.

Ressaltamos que todos os textos devem ser enviados no formato Word (ou similar executável em Office) e de acordo com as normas de publicação da revista e devem ser submetidos pelo site (é necessário o cadastro do usuário. FAVOR PREENCHER TODO O FORMULÁRIO). Os artigos serão avaliados pelo sistema de duplo cego (double blind review). Os que não obedecerem às normas serão recusados. Quaisquer dúvidas, basta entre em contato com nossos editores pelo endereço desassossego.revista@gmail.com ou por nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/desassossego.usp/.

Lembramos ainda que, por determinação da CAPES, a revista exige dos autores vínculo ativo com programa de pós-graduação para mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, ser egresso de até três anos (no caso de mestres sem vínculo institucional), ou ter o título de doutor.

Atenciosamente,
Os editores,
Carlos Gontijo Rosa e Rosely de Fátima Silva.


Qualis Periódicos Capes

Área de Avaliação:
QUALIS A4 em Linguística e Literatura.
QUALIS A4 em Artes, Ciência Política e Relações Internacionais, Comunicação e Informação, Interdisciplinar, Psicologia, Saúde Coletiva.
Para consultar os indicadores Qualis, acesse o site: 
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf


Histórico do Periódico

Mas que desassossego bom!

Desassossego é o que sente o mestrando e o doutorando em sua travessia pela pós-graduação. Matéria simples em busca de sua forma, a inquietação e a perturbação que movem o desassossego tendem a ser produtivos e criativos. A prova disso está na página de sua tela.

O desassossego que era virtual realidade, inquieta ânsia de ser, acaba de materializar-se em forma de revista ─ a revista eletrônica dos alunos de Pós-Graduação do Programa de Literatura Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo.

Com Desassossego concretiza-se o projeto de uma publicação eletrônica que objetiva dar visibilidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido no âmbito do Programa. Com Desassossego cria-se o espaço de debate, circulação e intercâmbio de idéias, ao abrigar a produção acadêmica e artística dos mestrandos e doutorandos em Literatura Portuguesa.
Com Desassossego abrem-se caminhos de reflexão cujos resultados, nascidos seja da interlocução entre docentes e discentes do Programa, seja das pesquisas realizadas, poderão ser divulgados e acompanhados aqui.

Enfim, fruto do desassossego criativo e do trabalho da equipe organizadora, só cabe ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Portuguesa agradecer-lhes a iniciativa, dar-lhes o apoio necessário e augurar vida longa a esse nosso Desassossego.

Francisco Maciel Silveira (in memoriam)
Programa de Literatura Portuguesa – DLCV – FFLCH – USP

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Em torno de um nome, muitos mundos.

“Todo esforço, qualquer que seja o fim para que tenda, sofre, ao manifestar-se, os desvios que a vida lhe impõe; torna-se outro esforço, serve outros fins, consuma por vezes o mesmo contrário do que pretendera realizar. Só um baixo fim vale a pena, porque só um baixo fim se pode inteiramente efectuar.”

Bernardo Soares, Livro do desassossego

Desassossego não é um nome simples, também não é um simples nome, caso fosse um nome qualquer. Algumas palavras, quando reescritas, já nascem carregadas de sentido – mal chegam ao mundo e já são tomadas pelas circunstâncias: é quase impossível não ler nesse nome Fernando Pessoa ou, se preferirem, Bernardo Soares, uma filiação inegável, ainda mais quando as circunstâncias apontam para uma Revista de Literatura dos alunos da Pós-Graduação em Estudos Portugueses da Universidade de São Paulo, afinal um nome é sempre uma escolha, uma tomada de decisão.

Alguns poderiam até dizer: “Nada mais sem novidade do que uma revista de literatura portuguesa que retoma Fernando Pessoa”, o que não mereceria discordância, se nós nos mantivéssemos apenas na literalidade da palavra, reduziando-a ao universo pessoano – mesmo que esse seja um sem fim de possibilidades. Leyla Perrone-Moisés, num estudo crítico sobre o Livro do desassossego, lança a pergunta: “Seria demasiado arriscado ler, em Desassossego: Des-a-só-sem-ego?” Independente da resposta, é interessante perceber, no gesto da crítica, a vontade de abrir o nome, desmontando-o e fragmentando-o, para ler, em sua formação, outras possibilidades de significados.

Livro do desassossego, um “anti-livro” ou um “livro em ruínas”, como lembra Richard Zenith, por ser um projeto aberto e frouxo, um livro que nunca chegou de fato a ser montado e publicado numa versão definitiva por Pessoa, remanesce como uma potência: talvez devêssemos tentar ler, nas entrelinhas desse nome, as questões que o perpassam, para além do nome de um autor, questões que, ampliadas, dizem muito sobre o tempo de hoje, um tempo, invariavelmente desassossegado – atravessar um nome para pensar e repensar o mundo.

Sim, chegamos ao mundo através de Fernando Pessoa, um nome indissociável de um país, de uma cultura, de uma época, mas são pelas curvas sibilantes e sinuosas, fios do nome desassossego, que esperamos atravessar, raspando ou de viés, mesmo que na contramão, questões ou urgências de um estar no mundo em desassossego. E é puxando por esse nome, pelo fio da escrita, redesenhando as curvas, que repetimos e reiteramos o nome como diferença: desassossego.

Érica Zíngano
Comissão Editorial 
Mestranda em Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo


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