A arqueologia de um exilado: desconstruções e restaurações da mitologia portuguesa em Atlântico, de Manuel Alegre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v16i31p111-134

Palavras-chave:

Manuel Alegre, Exílio, Mito, Poesia pós-colonial

Resumo

O presente artigo busca analisar, a partir do tópico do exílio, as revisitações e reformulações do imaginário mítico imperial português em alguns poemas do livro Atlântico(1981), de Manuel Alegre. Construindo um paralelo com as guerras de conquista dos séculos XV e XVI e com personagens fundamentais da cultura portuguesa, Alegre encontra no passado um modo de apreender tanto a experiência individual quanto a de sua nação nas últimas décadas do século XX, numa tentativa de elaboração das feridas recentes do Portugal pós-25 de Abril. Nesse escopo, a noção de “império como imaginação de centro” proposta por Margarida Calafate Ribeiro, bem como a “cultura de fronteira” que, segundo Boaventura de Sousa Santos, define a identidade portuguesa serão especialmente relevantes para compreender de que modo ocorrem as reconfigurações desse imaginário nos poemas em questão e quais são seus efeitos na construção de uma nova identidade pátria que se quer livre das amarras imperialistas reforçadas pela ditadura recém-terminada.

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Biografia do Autor

  • Maria Eduarda Miranda Paniago, Universidade de São Paulo
    Mestranda em Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo. Bacharela em Letras (Português e Francês) também pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2024-06-24

Edição

Seção

Dossiê Literatura e Mito: história, memória e identidade - Parte 2

Como Citar

Paniago, M. E. M. (2024). A arqueologia de um exilado: desconstruções e restaurações da mitologia portuguesa em Atlântico, de Manuel Alegre. Revista Desassossego, 16(31), 111-134. https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v16i31p111-134