A SAÍDA DO MANICÔMIO: A CRISE DA CIDADE E O SURGIMENTO DO SER EM "ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA", DE JOSÉ SARAMAGO.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v4i8p26-37Palavras-chave:
Cidade, Ficção Portuguesa, José Saramago, Pós-modernismoResumo
Em Ensaio sobre a Cegueira, romance de José Saramago, de 1995, o leitor se depara com uma desconcertante e imprevisível epidemia de “cegueira branca” instaurada em uma cidade anônima: ou seja, com relação à cidade representada, não há citações explícitas de tempo ou nomeações de espaço. Ainda assim, é inegável a percepção de algumas marcas contemporâneas que evidenciam um mundo semelhante e muito próximo ao que o leitor conhece, tais como automóveis, motoristas impacientes, sinais de trânsito, edifícios e construções luxuosas. Faz-se necessário compreender a cidade e todos os seus sentidos (antes e depois da epidemia), destacando o fato de que a nova luz feérica promoverá temor e pausa; um obstáculo à alienação urbana que, em outras palavras, pode significar uma crítica à noção de progresso. Procuraremos perceber como o romancista português utiliza-se destes dados, através de uma dominante ontológica e pós-moderna, para problematizar o ser humano e seu vínculo com um mundo marcado por um estado de “cegueira”, e assim, através da ficção, compor seus questionamentos pautados na ética e na existência.
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Copyright (c) 2012 Rodolfo Pereira Passos

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