FOLHAS CAÍDAS OU O JOGO CIFRADO DO AMOR
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v5i10p49-61Palavras-chave:
Almeida Garrett, Folhas Caídas, Discurso amoroso, Erotismo.Resumo
O presente trabalho analisa a obra Folhas Caídas, de Almeida Garrett, sob a perspectiva do jogo cifrado da linguagem, tendo como foco o discurso amoroso. Discute-se de que maneira Garrett constrói o jogo de simulação da linguagem que tem como intuito a visibilidade da obra e de si ao mesmo tempo em que traz um registro de discurso amoroso ao modo garrettiano. Tal discurso põe em coexistência os paradoxos do sentimento amoroso, que necessita do corpo para concretizar o que existe como sentimento. Escondido pela linguagem cifrada, esse discurso seduz o leitor a fim de envolvê-lo e instigá-lo a desvendar o cunho erótico da poesia. Desse modo, busca-se investigar a Advertência da obra como o início da encenação da linguagem cifrada e alguns caminhos de leitura dos poemas em que o erotismo pode ser desvelado pelo leitor de Folhas Caídas.
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