Estética, jogabilidade e narrativa para o Antropoceno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2024.38110.005

Palavras-chave:

Videogames, Nier:Automata, Cruelty Squad, Antropoceno, Capitaloceno, Game studies

Resumo

Este artigo explora interfaces entre os videogames Nier:Automata (PS4 e PC, 2017; Xbox One, 2018 e Nintendo Switch, 2022) e Cruelty Squad (PC, 2021), mapeando suas leituras e discursos sob a perspectiva do Antropoceno. Como termo principiado no campo das ciências naturais, que coloca a humanidade como protagonista de mais uma força da natureza capaz de interferir nas condições de vida do planeta, o Antropoceno tem se difundido para as mais diversas áreas reerguendo controvérsias acerca das fronteiras e limites do humano diante do colapso planetário-civilizacional que nos acomete. As linhas-guias propostas para a análise das narrativas e das ambientações dos jogos são estéticas, jogabilidade e sociabilidade. Mediante imersão, premissas e cenários críticos propostos, os jogos relacionam os impactos ambientais, perspectivas distópicas para o futuro da espécie humana – alguns dos desafios epistemológicos, éticos e identitários do Antropoceno.

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Biografia do Autor

  • Clayton Policarpo, Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, São Paulo, Brasil

    é doutorando e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP. Professor convidado na especialização em Cultura Material & Consumo, ECAUSP.

  • Guilherme Henrique de Oliveira Cestari, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, Brasil

    é doutor em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP. Professor dos cursos de graduação em Design e Jogos Digitais, PUC-SP.

  • Luiz Felipe Napole, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, Brasil

    é doutorando e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP.

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Publicado

2024-11-11

Edição

Seção

Implicações Humanas Das Tecnociências

Como Citar

Policarpo, C., Cestari, G. H. de O., & Napole, L. F. (2024). Estética, jogabilidade e narrativa para o Antropoceno. Estudos Avançados, 38(110), 51-65. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2024.38110.005