Percepção crítica sobre a desestatização do Vale do Anhangabaú a partir de 2021
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.202438111.013Palavras-chave:
Espaço público, Produção do espaço urbano, Desestatização, Apropriação do espaço, Parceria público-privadaResumo
Este artigo é parte da dissertação de mestrado cujo objetivo é analisar o novo espaço urbano do Vale do Anhangabaú sob o ponto de vista da gestão privatizada vigente e sua operação, a partir de 2021. Observa-se que diversos componentes desse processo convergem na direção de tensões sociais. Para isso, dispõe de um levantamento de contradições presentes no caso do Vale. Tal análise ajuda a entender como políticas públicas impactam qualitativamente os espaços urbanos livres. O artigo defende que os contratos priorizem interesses coletivos e sejam monitorados por instâncias do poder público, órgãos de patrimônio e a sociedade.
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