O efeito da concorrência de importações chinesas na saúde dos trabalhadores brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea172603Palavras-chave:
acidentes e doenças do trabalho, concorrência de importação chinesa, choque exógeno, variáveis instrumentaisResumo
Este estudo buscou verificar qual o efeito do aumento da concorrência
de importações chinesas nos acidentes e doenças do trabalho no Brasil no período de 2000 a 2016. Para isso, utilizou-se o método de variável instrumental, bem como um conjunto de efeitos fixos e variáveis de controle para captar o efeito de interesse. Os resultados obtidos demonstram que o aumento da concorrência de importações chinesas aumentou os acidentes e doenças do trabalho no Brasil em 2000-2016. Além disso, setores com menor número de empregados apresentam um maior efeito da concorrência de importações chinesas nos acidentes e doenças no trabalho.
Downloads
Referências
Adda, J. & Fawaz, Y. (2020). The health toll of import competition. The Economic Journal, London, v. 130, p. 1501-1540.
Alcalá, F. (2016). Specialization across goods and export quality. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 98, p. 216-232.
Almeida, A. T. C. & Araújo Júnior, I. T. (2017). Diferenciais compensatórios de salário para trabalhadores compreferências heterogêneas: evidências para o caso brasileiro. In: XXII Encontro Regional de Economia. Fortaleza: ANPEC.
Angrist, J. D. & Pischke, J. S. (2008). Mostly Harmless Econometrics: an Empiricist’s Companion. Princeton: Princeton University Press.
Antoniades, A. (2015). Heterogeneous firms, quality, and trade. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 95, p. 263-273.
Anwar, S. & Sun, S. (2018). Foreign direct investment and export quality upgrading in China’smanufacturing sector. International Review of Economics & Finance, Amsterdam, v. 54, p. 289-298.
Autor, D., Dorn, D. & Hanson, G. H. (2013). The China syndrome: local labor market effects of import competition in the United States. American Economic Review, Nashville, v. 103, p. 2121-68.
Bas, M. & Strauss-Kahn, V. (2015). Input-trade liberalization, export prices and quality upgrading. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 95, p. 250-262.
Bastos, P. & Silva, J. (2010). The quality of a firm’s exports: where you export to matters. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 82, p. 99-111.
Benguria, F. & Ederington, J. (2017). Decomposing the effect of trade on the gender wage gap. Rochester: SSRN. Disponível em: https://ssrn.com/abstract=2907094.
Bernard, A. B., Jensen, J. B. & Schott, P. K. (2006a). Survival of the best fit: exposure to low-wage countries and the (uneven) growth of US manufacturing plants. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 68, p. 219-237.
Bernard, A. B., Jensen, J. B. & Schott, P. K. (2006b). Trade costs, firms and productivity. Journal of Monetary Economics, Amsterdam, v. 53, p. 917-937.
Bloom, N., Draca, M. & Van Reenen, J. (2016). Trade induced technical change? The impact of Chinese imports on innovation, IT and productivity. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 83, p. 87-117.
Brambilla, I. & Porto, G. G. (2016). High-income export destinations, quality and wages. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 98, p. 21-35.
Brown, D. K., Deardorff, A. V. & Stern, R. M. (1996). International Labor Standards and Trade: a Theoretical Analysis. Ann Arbor: Institute of Public Policy Studies, University of Michigan.
Bustos, P. (2011). Trade liberalization, exports, and technology upgrading: evidence on the impact of MERCOSUR on Argentinian firms. American Economic Review, Nashville, v. 101, p. 304-40.
Colantone, I., Crino, R. & Ogliari, L. (2019). Globalization and mental distress. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 119, p. 181-207.
Costa, F., Garred, J. & Pessoa, J. P. (2016). Winners and losers from a commodities-for-manufactures trade boom. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 102, p. 50-69.
DATAPREV (2019). Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. Brasília: Base de Dados Históricos de Acidentes do Trabalho. Disponível em: http://www3.dataprev.gov.br/aeat/. Acesso em: 12 mar. 2019.
Dix-Carneiro, R. & Kovak, B. K. (2017). Trade liberalization and regional dynamics. American Economic Review, Nashville, v. 107, p. 2908-46.
Dix-Carneiro, R., Soares, R. R. & Ulyssea, G. (2018). Economic shocks and crime: evidence from the Brazilian trade liberalization. American Economic Journal: Applied Economics, Nashville, v. 10, p. 158-95.
Esteves, L. A. (2008). Salários e risco de acidentes de trabalho: evidências de diferenciais compensatórios para a indústria manufatureira. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 12, p. 275-287.
Flach, L. (2016). Quality upgrading and price heterogeneity: evidence from Brazilian exporters. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 102, p. 282-290.
Gaddis, I. & Pieters, J. (2017). The gendered labor market impacts of trade liberalization evidence from Brazil. Journal of Human Resources, Madison, v. 52, p. 457-490.
Hallak, J. C. (2006). Product quality and the direction of trade. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 68, p. 238-265.
Hallak, J. C. & Schott, P. K. (2011). Estimating cross-country differences in product quality. The Quarterly Journal of Economics, Cambridge, v. 126, p. 417-474.
Harkness, E. F., Macfarlane, G. J., Nahit, E., Silman, A. J. & McBeth, J. (2004). Mechanical injury and psychosocial factors in the work place predict the onset of widespread body pain: a two-year prospective study among cohorts of newly employed workers. Arthritis & Rheumatism, Atlanta, v. 50, p. 1655-1664.
Hummels, D. & Klenow, P. J. (2005). The variety and quality of a nation’s exports. American Economic Review, Nashville, v. 95, p. 704-723.
Hummels, D., Munch, J. & Xiang, C. (2015). No Pain, No Gain: the Effects of Exports on Job Injury and Sickness. Cambridge: National Bureau of Economic Research. (Working Paper n. 22365).
Kivimäki, M. & Kawachi, I. (2015). Work stress as a risk factor for cardiovascular disease. Current Cardiology Reports, London, v. 17, p. 1-9.
Kugler, M. & Verhoogen, E. (2012). Prices, plant size, and product quality. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 79, p. 307-339.
McManus, T. C. & Schaur, G. (2016). The effects of import competition on worker health. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 102, p. 160-172.
MDIC - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (2019). Base de dados do comércio exterior brasileiro. Brasília: MDIC. Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home. Acesso em: 11 mar. 2019.
Melitz, M. J. (2003). The impact of trade on intra-industry reallocations and aggregate industry productivity. Econometrica, New Haven, v. 71, p. 1695-1725.
O’Reilly, D. & Rosato, M. (2013). Worked to death? A census-based longitudinal study of the relationship between the numbers of hours spent working and mortality risk. International Journal of Epidemiology, Oxford, v. 42, p. 1820-1830.
Pavcnik, N. (2002). Trade liberalization, exit, and productivity improvements: Evidence from Chilean plants. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 69, p. 245-276.
Pierce, J. R. & Schott, P. K. (2016). The surprisingly swift decline of US manufacturing employment. American Economic Review, Nashville, v. 106, p. 1632-62.
Pinheiro, A. C., Markwald, R. & Pereira, L. V. (2002). O desafio das exportações. Rio de Janeiro: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Disponível em: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/2064/1/LivroAcesso em: 05 jul. 2020.
Verhoogen, E. A. (2008). Trade, quality upgrading, and wage inequality in the Mexican manufacturing sector. The Quarterly Journal of Economics, Cambridge, v. 123, p. 489-530.
Virtanen, M., Heikkilä, K., Jokela, M., Ferrie, J. E., Batty, G. D., Vahtera, J. & Kivimäki, M. (2012). Long working hours and coronary heart disease: a systematic review and meta-analysis. American Journal of Epidemiology, Oxford, v. 176, p. 586-596.
WITS - World Integrated Trade Solution (2019). Disponível em: https://wits.worldbank.org/WITS/WITS/Restricted/Login.aspx. Acesso em: 20 mar. 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Economia Aplicada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Como Citar
Dados de financiamento
-
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Números do Financiamento 001 -
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais