Relações intersubjetivas em “extrair”, de Arnaldo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2020.172065Palavras-chave:
Semiótica, Psicanálise, Intersubjetividade, PoemaResumo
Este artigo visa a apresentar mecanismos de significação que estão por trás de relações intersubjetivas dos textos. A metodologia empregada tem por base, por um lado, a Semiótica de linha francesa, notadamente as contribuições de Greimas, Zilberberg, Fiorin e Tatit. Por outro lado, a metodologia nutre-se da segunda tópica freudiana e da matriz intersubjetiva de Coelho Jr. e Figueiredo. Greimas contribui com o percurso gerativo do sentido, no plano do conteúdo, além da postulação de sua junção com o plano da expressão. Zilberberg auxilia com a revisão do nível mais abstrato da significação, além da oposição entre os valores de absoluto, de universo, de apogeu e de abismo. Fiorin provê a distinção entre os sujeitos do discurso. Tatit fornece sua praxeologia, que permitirá proceder a uma oposição entre diferentes modos enunciativos de fazer e, com isso, de estatuir o ser do enunciador, além de uma releitura do acontecimento greimasiano. A essas contribuições, acrescento uma oposição entre os campos objetivo e subjetivo, que organiza interações entre tipos diferentes de sujeito. O poema “extrair”, de Arnaldo Antunes, foi escolhido para a demonstração desses mecanismos de significação. Como resultado, a análise possibilitou compreender o arranjo intersubjetivo que está por trás da configuração de sujeito insurgente do narrador do poema
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