Reflexões sobre sexualidade e gênero na perspectiva de D. W. Winnicott
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p86-102Palavras-chave:
sexualidade, gênero, psicanálise, criatividade, WinnicottResumo
Este artigo se propõe a discutir a temática da sexualidade e de gênero na contemporaneidade. Para tanto, tomamos como base as contribuições teóricas do psicanalista britânico D. W. Winnicott, sobretudo, as suas pesquisas acerca do gesto espontâneo, do exercício da criatividade e do ser como uma condição imprescindível ao fazer. Com isso, ampliamos o escopo da pesquisa, demonstrando que, para este autor, somos produtos da junção do masculino com o feminino – sem apelação a nenhum estereótipo ou binarismo –, que se traduzem, ademais, no ser e no fazer; aspectos que atribuem contornos à nossa sobrevivência e possibilitam uma integração psicossomática legítima ao próprio existir. Por fim, objetivamos que esse ensaio possa colaborar para a desconstrução de um olhar reducionista acerca da dimensão infinita que atravessa a essência humana.
Downloads
Referências
Almeida, A. P. (Org.). (2023a). Muito além da formação: diálogos sobre a transmissão e a democratização da psicanálise. Blucher.
Almeida, A. P. (2023b). Por uma ética do cuidado: Winnicott para educadores e psicanalistas (vol. 2). Blucher.
Almeida, A. P. & Naffah Neto, A. (2021). A teoria do desenvolvimento maturacional de Winnicott: novas perspectivas para a educação. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 24(3), 517-536. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2021v24n3p517-3
Ambra, P. (2022). O ser sexual e seus outros: gênero, autorização e nomeação em Lacan. Blucher.
Butler, J. (2021). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Civilização Brasileira.
Cunha, E. L. (2021). O que aprender com as transidentidades: psicanálise gênero e política. Criação Humana.
Dias, E. O. (2003). A teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott. Imago.
Ferenczi, S. (2011). Confusão de língua entre os adultos e a criança. In S. Ferenczi. Obras completas, vol. 4 (pp. 111-125). Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1933)
Figueiredo, L. C. (2022). A mente do analista. Escuta.
Freud, S. (2016). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In S. Freud. Obras completas, vol. 6 (pp. 13-172). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1905)
Fulgencio, L. (2016). Por que Winnicott? Zagodoni.
Fulgencio, L. (Org.). (2018). A bruxa metapsicologia e seus destinos. Blucher.
Gondar, J. & Coelho Junior, N. E. (2021). Psicanálise e normatividade. Tempo psicanalítico, 53(1), 202-220.
Jablonka, I. (2021). Homens justos: do patriarcado às novas masculinidades. Todavia.
Kahn, M. (2021). Introdução. In Donald W. Winnicott. Da pediatria à psicanálise (pp. 11-74). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1975)
Lacan, J. (1988). Nota sobre a criança. In J. Lacan. Outros escritos (pp. 369-371). Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1969)
Mezan, R. (2014). O tronco e os ramos. Companhia das Letras.
Moreira, M. M. (2023). Freud e o casamento: o sexual no trabalho do cuidado. Autêntica. (E-book)
Naffah Neto, A. (2023). Veredas psicanalíticas: à sombra de Winnicott. Blucher.
Naffah Neto, A. (2007). A noção de experiência no pensamento de Winnicott como conceito diferencial na história da psicanálise. Natureza humana, 9(2), 221-242.
Porchat, P. (2012). Psicanálise, gênero e singularidade. Revista Faac Bauru, 2(2), 195-202.
Preciado, P. (2022). Eu sou o monstro que vos fala: Relatório para uma academia de psicanalistas. Zahar.
Reitter, J. N. (2021). Édipo gay: heteronormatividade e psicanálise. Zagodoni.
Safra, G. (2009). Os registros do masculino e feminino na constituição do self. Jornal de Psicanálise, 42(76), 77-89.
Winnicott, D. W. (1983). Comunicação e falta de comunicação levando ao estudo de certos opostos. In Donald W. Winnicott. O ambiente e os processos de maturação (pp. 163-174). Artmed. (Trabalho original publicado em 1963)
Winnicott, D. W. (1990). Natureza humana. Imago. (Trabalho original publicado em 1988)
Winnicott, D. W. (2009). Tipos de caracter: el temerário y el precavido. In Donald W. Winnicott. Exploraciones psicoanalíticas, vol. 2 (pp. 172-177). Paidós. (Trabalho original publicado em 1954)
Winnicott, D. W. (2019). Objetos transicionais e fenômenos transicionais. In Donald W. Winnicott. O brincar e a realidade (pp. 13-52). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1971a)
Winnicott, D. W. (2019). A criatividade e suas origens. In Donald W. Winnicott. O brincar e a realidade (pp. 108-140). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1971b)
Winnicott, D. W. (2019). A localização da experiência cultural. In Donald W. Winnicott. O brincar e a realidade (pp. 154-166). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1971c)
Winnicott, D. W. (2020). O ambiente saudável na infância. In Donald W. Winnicott. Bebês e suas mães (pp. 73-82). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1967)
Winnicott, D. W. (2021). Desenvolvimento emocional primitivo. In Donald W. Winnicott. Da pediatria à psicanálise (pp. 281-299). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1945)
Winnicott, D. W. (2021). A mente e sua relação com o psicossoma. In Donald W. Winnicott. Da pediatria à psicanálise (pp. 408-426). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1949)
Winnicott, D. W. (2021). A contribuição da mãe para a sociedade. In Donald W. Winnicott. Tudo começa em casa (pp. 145-150). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1957)
Winnicott, D. W. (2021). Vivendo criativamente. In Donald W. Winnicott. Tudo começa em casa (pp. 43-61). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1966)
Winnicott, D. W. (2021). O conceito de indivíduo saudável. In Donald W. Winnicott. Tudo começa em casa (pp. 21-42). Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1967)
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Alexandre Patricio de Almeida
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.
Como Citar
Dados de financiamento
-
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Números do Financiamento 0001
