Escolas, palco e alvo de massacres: (trans)formações do código da violência
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i3p328-342Palavras-chave:
massacres em escolas, violência social, violência pulsional, código de tradução, teoria da sedução generalizadaResumo
Por uma leitura laplancheana, compreendemos a escola concomitantemente como alvo e palco de massacres. Alvo, por ser destinatária de traduções ipsocentradas da pulsão sexual de morte, lançando-se mão do discurso que reproduz a violência como resposta narcísica à passividade psíquica original e à submissão social imposta pelos adultos. Palco, enquanto fonte, cadinho de mensagens remetidas pelo mundo adulto, também atravessadas pelo mortífero, apelando a códigos sociais violentos no paradoxo da tradução do pulsional – demonizar o outro ou valorizar a alteridade. Massacres, fazendo da escola palco e alvo, interrogam-na sobre os limites dos códigos facilitadores da convivência por ela propostos, denunciando sua insuficiência, e reclamam traduções com códigos que ajudem a desamalgamar a violência psíquica da social, ligando pulsões sem atacar pessoas para, assim, transformar o código da violência.
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