Controle postural é diferente entre meninos e meninas? Comparação entre sexos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/20010227042020Palavras-chave:
Equilíbrio Postural, Desenvolvimento Infantil, AntropometriaResumo
O objetivo foi comparar o controle postural entre os meninos e meninas de oito anos de idade, considerando a classificação nutricional e nível de atividade física. Realizou-se um estudo transversal, amostra classificada por meio do software WHO AnthroPlus, avaliada na plataforma de força e pelo Questionário de Atividade Física para Criança. Os resultados mostram que as meninas apresentaram valores menores em relação ao sexo oposto (p<0,001), quanto à área do centro de pressão (COP) (meninas: 11,88 vs meninos: 15,86cm2), Amplitude Ântero-posterior (meninas: 5,40 vs meninos: 6,05cm), Amplitude Médio-lateral (meninas: 3,97 vs meninos: 4,40cm), Velocidade Ântero-posterior (meinas: 3,98 vs meninos: 4,94cm/s), Velocidade Médio-lateral (meninas: 3,98 vs meninos: 4,59cm/s), Frequência Ântero-posterior (meninas: 0,70 vs meninos: 0,84Hz). A atividade física apresentou associação com sexo masculino (p=0,001; X2=11,195; Odds Ratio=0,372). Em relação à área do centro de pressão de crianças sedentárias, as meninas apresentaram melhor controle postural (p<0,001), porém quando analisado área do centro de pressão de ambos os sexos que são ativos não houve diferença estatisticamente significante (p=0,112). O escore Z de ambos os sexos não teve diferença em relação à área do centro de pressão (p=0,809 e p=0,785 respectivamente). Concluiu-se que meninas apresentaram melhor desempenho no controle postural na posição unipodal, enquanto os meninos são mais ativos, quando ambos os sexos realizam atividade física a área do centro de pressão foi similar. Portanto, cuidados especiais devem ser tomados ao avaliar controle postural em meninos e meninas devido às diferenças no desempenho do teste e no estágio de desenvolvimento. Quanto as intervenções o exercício deve ser considerado para melhor desempenho do COP.
Downloads
Referências
López JR, Fernández NP. Caracterización de la interacción
sensorial en posturografía. Acta Otorrinolaringol Esp.
;55(2):62-6. doi: 10.1016/S0001-6519(04)78484-8
Gazzola JM, Perracini MR, Ganança MM, Ganança FF. Functional
balance associated factors in the elderly with chronic vestibular
disorder. Braz J Otorhinolaryngol. 2006;72(5):683-90.
doi 10.1590/S0034-72992006000500016
Sá CDSC, Boffino CC, Ramos RT, Tanaka C. Development of
postural control and maturation of sensory systems in children
of different ages a cross-sectional study. Braz J Phys Ther.
;22(1):70-6. doi:10.1016/j.bjpt.2017.10.006
Perone S, Simmering VR. Applications of Dynamic Systems
Theory to Cognition and Development: New Frontiers. Adv Child
Dev Behav. 2017;52:43-80. doi: 10.1016/bs.acdb.2016.10.002
Ekman LL. Neurociências: fundamentos para a reabilitação.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.
Gallahue DL, Ozmun JC, Goodway JD. Compreendendo o
desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e
adultos. 7th ed. Porto Alegre: AMGH; 2013.
Rudolf MCJ. The obese child. Arch Dis Child. 2004;89:57-62.
doi: 10.1136/adc.2004.059824
Neves JCJ, Souza AKV, Fujisawa DS. Controle postural e
atividade física em crianças eutróficas, com sobrepeso
e obesas. Rev Bras Med Esporte. 2017; 23(3):241-5.
doi: 10.1590/1517-869220172303157674
Fernandez AC, Mello MT, Tufik S, Castro PM, Fisberg M. Influência
do treinamento aeróbio e anaeróbio na massa de gordura
corporal de adolescentes obesos. Rev Bras Med Esporte.
;10(3):159-64. doi: 10.1590/S1517-86922004000300004
Tachdjian MO. Ortopedia pediátrica: diagnóstico e tratamento.
São Paulo: Revinter; 2001.
Malina RM, Bouchard C. Atividade física do atleta jovem: do
crescimento a maturação. São Paulo: Roca; 2002.
Caranti DA, Mello MT, Prado WL, Tock L, Siqueira KO, Piano A,
et al. Short- and long-term beneficial effects of a multidisciplinary
therapy for the control of metabolic syndrome in obese
adolescents. Metabolism. 2007;56(9):1293-300. doi: 10.1016/j.
metabol.2007.05.004
Genc S, Seal ML, Dhollander T, Malpas CB, Hazell P, Silk TJ. White
matter alterations at pubertal onset. Neuroimage. 2017;156:286-
doi: 10.1016/j.neuroimage.2017.05.017
Assaiante C, Amblard B. An ontogenetic model for the
sensorimotor organization of balance control humans. Hum
Mov Sci. 1995;14(1):13-43. doi: 10.1016/0167-9457(94)0048-J
Rosaneli CF, Auler F, Manfrinato CB, Rosaneli CF, Sganzerla C,
Bonatto MG, et al. Evaluation of the prevalence and nutritional
and social determinants of overweight in a population of
schoolchildren: a cross-sectional analysis of 5,037 children.
Rev Assoc Med Bras. 2012;58(4):472-6. doi: 10.1590/
S0104-42302012000400019
Guedes DP, Guedes JERP. Medida da atividade física em
jovens brasileiros: reprodutibilidade e validade do PAQ-C
e do PAQ-A. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(6):425-32.
doi: 10.1590/1517-869220152106147594
World Health Organization. Physical status: the use and
interpretation of anthropometry [Internet]. Geneva: WHO;
[cited 2018 Oct 20]. Available from: https://www.who.
int/childgrowth/publications/physical_status/en/
Mancini M, Horak FB. The relevance of clinical balance
assessment tools to differentiate balance deficits. Eur J Phys
Rehabil Med [Internet]. 2010 [cited 2021 Mar 09];46(2):239-48.
Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20485226/
Parreira RB, Boer MC, Rabello L, Costa VSP, Oliveira E JR, Silva
RA JR. Age-related differences in centre of pressure measures
during one-leg stance are time dependent. J Appl Biomech.
;29(3):312-6. doi: 10.1123/jab.29.3.312
Crocker PR, Bailey DA, Faulkner RA, Kowalski KC, McGrath
R. Measuring general levels of physical activity: preliminary
evidence for the Physical Activity Questionnaire for
Older Children. Med Sci Sports Exerc. 1997;29(10):1344-9.
doi: 10.1097/00005768-199710000-00011
Silva RA JR, Pereira C, Oliveira MR, Gil AWO. Equilíbrio postural:
avaliação e intervenção por meio de exercícios associados às
estratégias de controle neuromuscular. Curitiba: CRV; 2017.
Geldhof E, Cardon G, De Bourdeaudhuij I, Danneels L, Coorevits
P, Vanderstraeten G, et al. Static and dynamic standing balance:
test-retest reliability and reference values in 9 to 10 years old
children. Eur J Pediatric. 2006;165(11): 779-86. doi: 10.1007/
s00431-006-0173-5
Sobera M, Siedlecka B, Syczewska M. Posture control
development in children aged 2-7 years old, based on the
changes of repeatability of the stability indices. Neurosci Lett.
;491(1):13-7. doi: 10.1016/j.neulet.2010.12.061
Cohen KE, Morgan PJ, Plotnikoff RC, Callister R, Lubans
DR. Physical activity and skills intervention: SCORES
cluster randomized controlled trial. Med Sci Sports Exerc.
;47(4),765-74. doi: 10.1249/MSS.0000000000000452
Lee AJY, Lin WH. The influence of gender and somatotype
on single-leg upright standing postural stability in children. J
Appl Biomech. 2007;23(3):173-9. doi: 10.1123/jab.23.3.173
Victorio LVG, Fujisawa DS. Influence of age, sex, and visual
information on postural control in children. Motriz. 2019; 25(1):
e101978. doi: 10.1590/s1980-6574201900010017
Kurz E, Faude O, Roth R, Zahner L, Donath L. Ankle muscle
activity modulation during single-leg stance differs between
children, young adults and seniors. Eur J Appl Physiol.
,118(2):239-247. doi: 10.1007/s00421-017-3764-0
Goulème N, Debue M, Spruyt K, Vanderveken C, De Siati
DR, Ortega-Solis J, et al. Changes of spatial and temporal
characteristics of dynamic postural control in children with
typical neurodevelopment with age: results of a multicenter
pediatric study. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2018,133:272-80.
doi: 10.1016/j.ijporl.2018.08.005
Butz SM, Sweeney JK, Roberts PL, Rauh MJ. Relationships
among age, gender, anthropometric characteristics, and
dynamic balance in children 5 to 12 years old. Pediatr Phys
Ther. 2015;27(2):126-133. doi: 10.1097/PEP.0000000000000128
Lemos LFC, Teixeira CS, Mota CB. Uma revisão sobre centro
de gravidade e equilíbrio corporal. Rev Bras Cienc Mov.
;17(4):83-90. doi: 10.18511/rbcm.v17i4.798
Silva RCR, Malina RM. Nível de atividade física em
adolescentes do Município de Niterói, Rio de Janeiro,
Brasil. Cad Saude Publica. 2000;16(4):1091-7. doi: 10.1590/
S0102-311X2000000400027
Woodfield L, Duncan M, Al-Nakeeb Y, Nevill A, Jenkins C. Sex,
ethnic and socio-economic differences in children’s physical
activity. Pediatr Exerc Sci. 2002;14(3):277-85. doi: 10.1123/
pes.14.3.277
Levin S, Lowry R, Brown DR, Dietz WH. Physical activity and
body mass index among US adolescents: youth risk behavior
survey, 1999. Arch Pediatr Adolesc Med. 2003;157(8):816-20.
doi: 10.1001/archpedi.157.8.816
Wang Y, Monteiro C, Popkin BM. Trends of obesity and
underweight in older children and adolescents in the United
States, Brazil, China and Russia. Am J Clin Nutr. 2002;75(6):971-
doi: 10.1093/ajcn/75.6.971
Silva GAP, Balaban G, Motta MEFA. Prevalência de sobrepeso e
obesidade em crianças e adolescentes de diferentes condições
socioeconômicas. Rev Bras Saude Matern Infant. 2005;5(1):53-
doi: 10.1590/S1519-38292005000100007
Soar C, Vasconcelos FAG, Assis MAA, Grosseman S, Luna
MEP. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares
de uma escola pública de Florianópolis, Santa Catarina. Rev
Bras Saude Matern Infant. 2004;4(4):391-7. doi: 10.1590/
S1519-38292004000400008
Krinski K, Elsangedy HM, Hora S, Rech CR, Legnani E, Santos
BV, et al. Estado nutricional e associação do excesso de
peso com gênero e idade de crianças e adolescentes. Rev
Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2011;13(1):29-35.
doi: 10.5007/1980-0037.2012v13n1p29
Pereira DSL, Castro SS, Bertoncello D, Damião R, Walsh
IA. Relationship of musculoskeletal pain with physical and
functional variables and with postural changes in school children
from 6 to 12 years of age. Braz J Phys Ther. 2013;17(4):392-400.
doi: 10.1590/S1413-35552013005000106
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Jessica Caroliny de Jesus Neves, Aryane Karoline Vital Souza, Dirce Shizuko Fujisawa
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.