Corpo, lacuna, traço
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2020.172250Resumo
O corpo é o que desaparece; a lacuna, o próprio desaparecimento; o traço, aquilo que resta, a marca no espaço, rastro, vestígio, cicatriz. Durante sete anos, caminhei por diversas paisagens e narrativas em busca dos mortos, fotografando o que encontrava: pedras, ossos, cinzas, florestas, ruínas, casas, trilhos de trem. As imagens agora compõem um arquivo, uma espécie de atlas warburguiano em que elas podem se encontrar, se confrontar, se inventar. O website Corpo, lacuna, traço é um dos resultados da minha pesquisa pós-doutoral, que teve como eixo um estudo sobre monumentos e memoriais aos mortos. Através de reflexões sobre a imagem, o corpo, a memória e a morte, compreendo o memorial como o novo corpo do morto, a partir de um possível efeito de presença, já que ele localiza o desaparecido no espaço físico e material de uma comunidade. Diante de um vasto arquivo de viagens e memórias, tento dar uma ordem ao que resta – as imagens. Algumas evidenciam o resto, o rastro, o traço. Outras evidenciam o apagamento dos mortos. Como ver o que a paisagem mostra?
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Copyright (c) 2020 Carolina Junqueira dos Santos
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Números do Financiamento 2015/25039-2