Caracterização do arco longitudinal plantar de crianças obesas por meio de índices da impressão plantar

Autores

  • Priscila S. Souza Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Depto. Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Silvia M. A. João Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Depto. Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Isabel de C. N. Sacco Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Depto. Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19816

Palavras-chave:

Obesidade, Infância, Pé, Antropometria

Resumo

OBJETIVO: descrever o desenvolvimento do arco longitudinal medial (ALM) do pé de crianças obesas e verificar a concordância entre 5 índices da impressão plantar que caracterizam este arco. MÉTODOS: 156 crianças obesas, ambos os sexos, idade entre 4 e 10 anos, pertencentes a escolas pública e privada da cidade de São Paulo, Brasil. As crianças classificadas como obesas foram selecionadas entre 1535 crianças estudantes de cinco escolas, com idade entre 4 e 10 anos. Em seguida foram coletadas as impressões plantares de cada criança e calculados índices que caracterizaram o ALM: índice de Cavanagh e Rodgers - CR, índice de Staheli - IS1 e IS2, índice de Chipaux-Smirak ICS e ângulo alfa de Clarke - AA. RESULTADOS: CR, IS e ICS mostraram que a grande alteração na forma do ALM ocorre na transição dos 8 para os 9 anos e o AA mostra dois momentos, passagem dos 6 para os 7 anos e dos 8 para os 9 anos. De uma maneira geral, a classificação IS1 foi a mais discrepante para classificar o ALM nessas crianças e o CR a mais constante. CONCLUSÕES: Observou-se que o ALM se forma mais tardiamente em crianças obesas (8 para 9 anos) em relação às crianças não obesas (5 para 6 anos). Quanto aos índices, houve semelhança na descrição do desenvolvimento do ALM entre CR, ICS e AA, sendo que o IS merece maior cuidado e restrição em seu uso.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Balaban G, Silva GAP. Prevalência de sobrepeso em crianças de uma escola da rede privada de Recife. Jornal de Pediatria. 2001;77: 96-100.

Abrantes MM, Lamounier JA, Colosimo EA. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes das regiões sudeste e nordeste. Jornal de Pediatria. 2002; 78(4):335-40.

Leão lscs, Araújo LMB, Moraes LTLP. Prevalência de obesidade em escolares de Salvador, Bahia. Arq Brás Endocrinol Metab. 2003; 47 (2): 151-7.

Anjos LA, Castro IRR, Engstrom EM, Azevedo AMF. Crescimento e estado nutricional em amostra probabilística de escolares no município do Rio de Janeiro,1999. Cad Saúde Pública. 2003; 19 (supl 1):S171-9.

Fisberg M. Obesidade na Infância e na Adolescêcia. BYK, São Paulo, 1995.

Saibene F, Minetti AE. Biomechanical and physiological aspects of legged locomotion in humans. Eur J Appl Physiol. 2003; 88 (4-5):297-316.

Saltzman CL, Nawoczski DA, Talbot KDM. Measurement of the Medial Longitudial Arch. Arch Phys Med Rehabil. 1995;76:45-9.

Magee D J. Avaliação Musculoesquelética. Ed. Manole, São Paulo, 2002.

Volpon JB. Footprint analysis during thegrowth period. J Pediatric Orthopaedics. 1994;14(1):83-85.

Morioka EH, Onodera AN, Sacco ICN, SáMR, Amadio AC. Avaliação do arco longitudinal medial através da impressão plantar em crianças de 3 a 10 anos [CD-ROM]. In: Anais do XI Congresso Brasileiro de Biomecânica, João Pessoa 2005.

Hennig EM, Rosenbaum D. Pressure distribution pattern under the feet of children in comparison with adults. Foot & Ankle.1995;11(5):306-311.

Donatelli R, Wolf S L. The Biomechanics of the Foot and Ankle. Philadélphia, F A Davis Company, 1990; p.7-8.

Lin CJ, Lai KA, Kuan TS, Chou YL. Correlating factors and clinical significance of flexible flatfoot in preschool children. J Pediatric Orthopaedics. 2001; 21: 378-382.

Cavanagh PR, Rodgers MM. The arch index: a useful measure from footprints. J Biomechanics. 1987;20(3), p.547-51.

Staheli LT, Chew DE, Corbett M. The longitudinal arch. J Bone Joint Surgery. 1987;p. 426-428.

Echarri JJ, Forriol F. The development in footprint morphology in 1851 Congolese children from urban and rural areas and the relationship between this and wearing shoes. J Pediatric Orthopaedics. 2003; 12-B(2):141-146.

Forriol F, Pascual J. Footprint analysis between three and seventeen years of age. Foot and Ankle. 1990; 11(2):101-104.

Clarke HH. An objective method of measuring the height of the longitudinal arch in foot examinations. Research Quartely. 1933; 4:99-107.

Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a stand art definition for child overweight and obesity world wide: international survey. British Medical Journal. 2000;320: 1240-3.

Sodré H, Lourenço AF. Propedêutica do Tornozelo e Pé Infantil. In: Manual de Propedêutica Ortopédica, 8, UNIFESP, 1993.

Viladot A. Patologie del antepie. Toray, Barcelona. 1974.

Hills AP, Hennig EM, Byrne NM, SteeleJR. The biomechanics of adiposity-structural and functional limitations of obesity and implications for movement. Obes Rev. 2002;3(1):35-43.

Hills AP, Parker AW. Gait asymmetry in obese children. Neuro-Orthoped. 1991; 12: 29-33.

Cailliet R. Pé e Tornozelo. Síndromes Dolorosas. Editora Manole, São Paulo, 1977.

Downloads

Publicado

2007-04-01

Edição

Seção

Pesquisa Original