Toponyms as an exclusionary feature: an analysis on the names of avenues, streets and side streets in the city of Oeiras, state of Piauí

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v36i1p59-81

Keywords:

Urban toponymy, City streets, Toponymic motivation, Toponym and social and historical aspects, Naming and power

Abstract

The study of proper names is an important access to social and historical aspects that link the present to the past. It also contributes to understanding the connection between them. This research focuses on street names of Oeiras city, state of Piauí, aiming at i) presenting the main motivating factors of such toponymic spaces; ii) identifying the main social and political omissions in the designations of such urban spaces; iii) and establishing the social and historical facts under the denominative process. In order to achieve these goals, 33 maps of local census with respective descriptions, reported by IBGE, in 2010, were analyzed. The results indicated that the names of avenues, streets, and side streets are mainly antropocultural toponyms. As a result, it was evident that the streets named after an anthroponym mostly honor men of privileged classes that performed socially, historically and culturally privileged professions.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Messias dos Santos Santana, Universidade Estadual do Piauí

    Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras - Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa -, pela Universidade Federal do Piauí (2005), Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (2009) - área de concentração em Estudos da Linguagem - e Doutorado em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (2017). Atualmente é professor Adjunto I da Universidade Estadual do Piauí - Campus Professor Possidônio Queiroz (Oeiras-PI) -, onde atua no Curso de Licenciatura Plena em Letras/Português, ministrando disciplinas das áreas de Linguística e de Estágio Supervisionado Obrigatório e com atividades de extensão voltadas para a formação de professores. Além disso, realiza pesquisas com ênfase em Língua Latina e História da Língua Portuguesa (atuando, principalmente, nas áreas de Etimologia e História da Língua Portuguesa, com destaque para os seguintes temas: Palavras Cognatas, Morfologia e Semântica Históricas e Constituição Lexical do Português) e sobre Onomástica (Antroponímia e Toponímia), com foco no tema toponímia indígena no Piauí. É líder do Mnemósine - Grupo de Pesquisa em Língua, Cultura e Memória, no qual também coordena a linha Língua e Cultura.

  • Layane Albuquerque de Moura, Universidade Estadual do Piauí

    Graduação em andamento no curso de Licenciatura Plena em Letras/Português na Universidade Estadual do Piauí - UESPI. Desenvolve um projeto de pesquisa vinculado ao PIBIC, cujo título é "A terminologia gramatical na obra Grammatica da Lingoagem Portuguesa, de Fernão de Oliveira".

References

ARAÚJO, C. M. de. A representação da mulher e as questões de gênero na toponímia urbana de Caicó-RN. Dissertação (Mestrado em História e Espaços). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/16979/1/ClaudiaMA_DISSERT.pdf. Acesso em: 21 fev. 2023.

AZARYAHU, M. Renaming the past in post-Nazi Germany: insights into the politics of street naming in Mannheim and Potsdam. Cultural geographies, v. 19, n. 3, p. 385–400, 2012. DOI: https://doi.org/10.1177/1474474011427267. Acesso em: 20 fev. 2023.

BERG, L.; VUOLTEENAHO, J. Towards Critical Toponymy. In: BERG, L.; VUOLTEENAHO, J. (Ed). Critical toponymies: the contested politics of place naming. Ashgate: UK, 2009, p. 1-11. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/285634161_Towards_critical_toponymies. Acesso em: 20 fev. 2023.

BOÚLLON AGRELO, A. I. Limiar. In: BOÚLLON AGRELO, A. I.; MÉNDEZ, L. Estudos de Onomástica Galega IV: os nomes das rúas. Pontevedra: Real Academia Galega, 2019, p. 5-14. Disponível em: http://publicacions.academia.gal/index.php/rag/catalog/book/360. Acesso em: 20 fev. 2023.

BRANDÃO, T. M. P. O escravo na formação social do Piauí: perspectiva histórica do século XVIII. Teresina: EdUFPI, 2015.

BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 135, n.184, p. 21201-21246, 1997. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Acesso em: 23 ago. 2022.

BRASIL. Manual de projeto geométrico de travessias urbanas. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Rodoviárias, 2010.

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Deputados: quem são. Disponível em: https://www.camara.leg.br/deputados/quem-sao. Acesso em: 29 ago. 2023.

CARVALHINHOS, P. Topônimo-monumento, herança imaterial em São Paulo (Brasil): combatendo o apagamento toponímico. Apropos [Perspektiven auf die Romania], Nr. 8: Toponyme und Erinnerungskultur in der Romania: Hamburg University Press, p. 14-30, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.15460/apropos.8.1928. Acesso em: 19 fev. 2023.

COWAN, R. The dictionary of urbanism. Tisbury; Wiltshire: Streetwise Press, 2005.

DICK, M. V. P. A. A dinâmica dos nomes na cidade de São Paulo (1554-1897). São Paulo: Annablume, 1997.

DICK, M. V. P. A. A motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo: Arquivo do Estado, 1990.

DICK, M. V. P. A. Toponímia e Antroponímia no Brasil. Coletânea de Estudos. 3. ed. São Paulo: FFLCH/USP, 1992.

DIOCESE DE OEIRAS. Diocese: galeria dos bispos, 2017. Disponível em: https://diocesedeoeiras.org/bispos/. Acesso em: 29 ago. 2022.

FAGGION, C. M.; MISTURINI, B. Toponímia e memória: nomes e lembranças na cidade. Linha D’Água, v. 27, n. 2, p. 141-157, 2014. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/83370. Acesso em: 07 ago. 2022.

FREGE, G. Sobre o sentido e a referência. In: FREGE, G. Lógica e filosofia da linguagem. Tradução Paulo Alcoforado. 2 ed. São Paulo: EdUSP, 2009, p. 129-158.

IBGE CIDADES. Oeiras: panorama. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/oeiras/panorama. Acesso em: 30 ago. 2022.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Cartas e mapas – mapas para fins de levantamentos estatísticos – 2010b. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_para_fins_de_levantamentos_estatisticos/censo_demografico_2010/mapas_e_descritivos_de_setores_censitarios/PI/. Acesso em: 20 jul. 2022.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo demográfico 1980: dados gerais, migração, instrução, fecundidade, mortalidade: Piauí. v. 8. Rio de Janeiro: IBGE, 1980. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/72/cd_1980_v1_t4_n8_pi.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo demográfico 1991: resultados preliminares. Rio de Janeiro: IBGE, 1992. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv22894.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo demográfico 2000: características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/85/cd_2000_caracteristicas_populacao_domicilios_universo.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo demográfico 2010: manual do recenseador: CD – 1.09. Rio de Janeiro: IBGE, 2010a. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/instrumentos_de_coleta/doc2601.pdf. Acesso em: 26 ago. 2022.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Introdução à padronização de nomes geográficos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010c.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010: Piauí: população residente, por situação do domicílio e sexo, segundo os municípios – 2010d. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=27&uf=22. Acesso em: 31 ago. 2022.

ISQUERDO, A. N.; DARGEL, A. P. T. P. A macrotoponímia nos municípios sul-mato-grossenses: mecanismos de classificação semântica. In: ISQUERDO, A. N. (Org.). Toponímia: tendências toponímicas no estado de Mato Grosso do Sul. v. 2. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2020, p. 228-272. Disponível em: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3549. Acesso em: 12 mar. 2023.

MOTT, L. O Piauí colonial: população, economia e sociedade. 2 ed. Teresina: APL; FUNDAC; DETRAN, 2010.

NADER, P. M. F. A sutileza da discriminação de gênero na nomenclatura dos logradouros públicos: Vitória-ES, 1970-2000. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2007. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/handle/10/3388. Acesso em: 20 fev. 2023.

OEIRAS. Lei Orgânica Municipal de Oeiras: texto atualizado e adequado à Constituição do Estado do Piauí, desde as Emendas nºs 1/1991 a 41/2013, bem como à Constituição da República Federativa do Brasil, abrangendo até a Emenda nº 73/2013. Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras, 1990/2014. Disponível em: https://www.oeiras.pi.leg.br/institucional/regimento-interno/lei-organica.pdf/view. Acesso em: 20 fev. 2022.

OLIVEIRA, V. Urban morphology: an introduction to the study of the physical form of cities. Suíça: Springer, 2016.

PEREIRA DA COSTA, F. A. Cronologia histórica do Estado do Piauí: desde os seus tempos primitivos até a proclamação da República. 2 ed. Rio de Janeiro: Artenova, 1974.

PLATÃO. Crátilo, ou sobre a correção dos nomes. Tradução Celso Vieira. São Paulo: Paulus, 2014.

ROSE-REDWOOD, R.; ALDERMAN, D.; AZARYAHU, M. Geographies of Toponymic Inscription: New Directions in Critical Place-Name Studies. Progress in Human Geography, v. 34, n. 4, p. 453–470, 2009. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/249872329_Geographies_of_Toponymic_Inscription_New_Directions_in_Critical_Place-Name_Studies. Acesso em: 20 fev. 2023.

SANTOS, L. E. N. Toponímia e lugar: os significados múltiplos dos logradouros públicos no município de Grajaú, MA. Caderno de Geografia, v. 30, n. 62, p. 612-626, 2020. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/22782. Acesso em: 08 ago. 2022.

SAUSSURE, F. Curso de lingüística geral. Organizado por Charles Bally e Albert Séchehaye. Tradução Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 27 ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

SEABRA, M. C. T. C.; FARIA, G. C. S. Toponímia urbana: nomes de ruas da cidade mineira de Ponte Nova. Caletroscópio, v. 4, p. 602-613, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/3683. Acesso em: 12 ago. 2022.

SEABRA, M. C. T. C.; ISQUERDO, A. N. A onomástica em diferentes perspectivas: resultados de pesquisas. Revista de Estudos da Linguagem, v. 26, n. 3, p. 993-1000, 2018.

SENADO FEDERAL. Senadores. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/senadores. Acesso em: 29 ago. 2022.

SOARES FILHO, A. R. Oeiras: geografia urbana. Teresina: Júnior, 1994.

TAVARES, M.; VELASCO, D. O. B. Nomes de mulheres na Toponímia Urbana de Dourados – MS. Web Revista Sociodialeto, v. 10, n. 30, p. 315-328, 2020. Disponível em: http://sociodialeto.com.br/index.php/sociodialeto/article/view/264. Acesso em: 20 fev. 2023.

ZOIDO NARANJO, F. et al. Diccionario de geografía urbana, urbanismo y ordenación del territorio. Barcelona: Ariel, 2000.

Published

2023-04-28

How to Cite

SANTANA, Messias dos Santos; MOURA, Layane Albuquerque de. Toponyms as an exclusionary feature: an analysis on the names of avenues, streets and side streets in the city of Oeiras, state of Piauí. Linha D’Água, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 59–81, 2023. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v36i1p59-81. Disponível em: https://periodicos.usp.br/linhadagua/article/view/201699.. Acesso em: 19 may. 2024.