Primo e ‘eu’: uma montagem de risco

Authors

  • Maurício Santana Dias Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i32p17-35

Keywords:

Primo Levi (1919-1987), Italian literature, Literary translation

Abstract

A central issue in all of Primo Levi's work, human labor is what simultaneously constitutes us as social beings and what, in the anthropocene, can destroy or reinvent us. Defining himself as a writer who works with “the assembly of words just as the chemist works in assembling molecules”, it is through this experience that he seeks to shed light on Lager's “grey zone” and its developments, as well as to cross them through a dizzying imagination, which is the counterpoint to the “serene study” with which he examined Auschwitz's personal and collective experience – in his words, an “enormous biological and social experiment”. Emulating Levi's method and allowing the author/translator to speak, this essay proceeds to assemble, by analogy and metonymy, a variety of his texts that touch on many of his obsessions, all of them translated and reflected by me in the last twenty years.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Maurício Santana Dias, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil

    Professor livre-docente do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo. É autor de A demora: Claudio Magris, Danúbio, Microcosmos (2009) e de vários ensaios sobre poetas e escritores italianos (Giovanni Boccaccio, Luigi Pirandello, Cesare Pavese, Giuseppe Tomasi di Lampedusa, Italo Calvino, P. P. Pasolini, Primo Levi, entre outros). Organizou e traduziu diversos livros, entre os quais Decameron: dez novelas selecionadas (2013), 40 novelas de Luigi Pirandello (Prêmio Paulo Rónai de Tradução – FBN 2008), Trabalhar cansa (Prêmio Jabuti de Tradução – 2010), Poemas: Pier Paolo Pasolini (organizado com Alfonso Berardinelli, 2015) e Mil sóis: poemas selecionados. Em 2019, recebeu o Premio Nazionale per la Traduzione do Ministério da Cultura da Itália (MIBACT), pelo conjunto da obra.

References

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. Homo Sacer III. Trad. de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. de Roberto Raposo e pref. de Celso Lafer. São Paulo: Forense, 1993.

BARENGHI, Mario. Perché crediamo a Primo Levi? Turim: Einaudi, 2013.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Trad. de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BELPOLITI, Marco. Primo Levi di fronte e di profilo. Milão: Ugo Guanda Editore, 2015.

BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas II: Rua de mão única. Trad. de Rubens R. Torres Filho e José Carlos M. Barbosa. São Paulo: Brasiliense, 1993.

BROMBERT, Victor. Em louvor de anti-heróis. Trad. de José Laurenio de Melo. Cotia: Ateliê, 2001.

CASES, Cesare. Patrie lettere. Turim: Einaudi, 1987.

COLERIDGE, S.T. A balada do velho marinheiro. Trad. e intr. de Alípio C. de Franca Neto. Cotia: Ateliê, 2005.

DIAS, Maurício S. “Primo Levi e o zoológico humano”. In: 71 contos de Primo Levi. São Paulo: Companhia das letras, 2005.

DIAS, Maurício S. Primo Levi e as chaves da ciência. Revista Diálogos Mediterrânicos, Curitiba, n. 14 (2018).

DIAS, Maurício S. “A poesia de um sobrevivente”. In: Mil sóis: poemas escolhidos. Trad., apres. e org. de Maurício S. Dias. São Paulo: Todavia, 2019.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Cascas. Trad. de André Telles. São Paulo: 34, 2017.

FERRERO, Ernesto. Primo Levi: l’écrivain au microscope. Trad. de Jean-Luc Defromont Paris: Liana Levi, 2009.

FERRERO, Ernesto. Primo Levi: un’antologia della critica. A cura di Ernesto Ferrero. Turim: Einaudi, 1997.

FORTI, Simona. I nuovi demoni. Ripensare oggi male e potere. Milão: Feltrinelli, 2011.

LEVI, Primo. Opere complete. A cura di Marco Belpoliti. Turim: Einaudi, 2017-2018.

LEVI, Primo. A chave estrela. São Paulo: Companhia das letras. Trad. de Maurício S. Dias, 2009.

LEVI, Primo. 71 contos de Primo Levi. São Paulo: Companhia das letras. Trad. e intr. de Maurício S. Dias, 2005.

LEVI, Primo. Mil sóis: poemas escolhidos. Trad., apres. e org. de Maurício S. Dias. São Paulo: Todavia, 2019.

MENGALDO, Pier Vincenzo. Giudizi di valore. Turim: Einaudi, 1999.

RIGONI STERN, Mario. “La Medusa non ci ha impietriti”. La Stampa, Turim, 14 abr. 1987.

TABUCCHI, Antonio. Di tutto resta um poco. A cura di Anna Dolfi. Milão: Feltrinelli, 2013.

TODOROV, Tzvetan. Memoria del male, tentazione del bene. Trad. di Roberto Rossi. Milão: Garzanti, 2004.

Published

2020-12-28

How to Cite

Dias, M. S. (2020). Primo e ‘eu’: uma montagem de risco. Literatura E Sociedade, 25(32), 17-35. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i32p17-35