A cena teatral documentada: identificação arquivística e processos de criação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i34p106-118

Palavras-chave:

Acervos teatrais, Arquivística, Identificação, Crítica genética, Processo de criação, .

Resumo

No âmbito do teatro, a produção do texto/documento advém do imbricamento de diferentes sujeitos produtores cujas intervenções precisam ser consideradas tanto para análise genética quanto para o tratamento arquivístico. No acervo do Bando de Teatro Olodum (BTO), depositado no Nós, Por Exemplo - Centro de Documentação e Memória, localizado no Teatro Vila Velha, em Salvador-BA, verifica-se a existência de dois percursos: o da escritura, próprio à esfera privada da produção do texto teatral; e o da leitura do texto teatral, decorrente da encenação e recepção crítica deste. A partir do escopo teórico da Arquivística e da Crítica Genética, objetiva-se, aqui, apresentar os procedimentos metodológicos adotados para a organização do fundo, dando especial destaque aos processos de criação.  Este trabalho é resultado da aplicação da Identificação, etapa fundamental da metodologia arquivística, advinda da ampliação do campo de ação da Diplomática para os documentos modernos. Através dessa etapa, a partir da qual foram compreendidas as circunstâncias de produção e os usos dos documentos do referido fundo, tornou possível estabelecimento do seu arranjo e descrição, que resultou na elaboração do inventário das séries: produção artística, clipagem, correspondência, material gráfico e diversos.

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Biografia do Autor

  • Mabel Meira Mota, Universidade Federal da Bahia

    Graduada em Arquivologia pela Universidade Federal da Bahia. Mestre e Doutora em Literatura e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura, linha de pesquisa Crítica e Processos de Criação em Diversas Linguagens, pela Universidade Federal da Bahia (2013). Possui licenciatura em Letras, com habilitação em Português e Literaturas de Língua Portuguesa, pela Universidade Católica do Salvador (2007). Dedica-se, no âmbito da Arquivologia, principalmente à Diplomática Contemporânea/Tipologia Documental, Paleografia, História dos Arquivos, Arquivos Permanentes. Tem interesse, principalmente, por arquivos pessoais, tendo organizado o arquivo pessoal do jornalista e dramaturgo baiano Ariovaldo Matos. É membro da Associação de Pesquisadores em Crítica Genética (APCG) e Diretora de Comunicação da Associação de Arquivistas do Estado da Bahia (AABA), biênio 2017/2018. É a responsável pela organização do acervo pessoal do Dr. Thales de Azevedo. A pesquisadora integra o grupo de pesquisa Studia Philologica, atuando na Equipe Textos Teatrais Censurados (ETTC), que tem por objetivo editar textos teatrais censurados produzidos no período da Ditadura Militar, na Bahia, e estudar o processo de produção, transmissão e circulação dos textos. É membro, ainda, do grupo de pesquisa Diplomática Arquivística - UNESP e do Grupo de Estudos de Políticas de Informação, Comunicações e Conhecimento (GEPICC), que desenvolve pesquisas sobre regulação de infra-estruturas, tecnologias, produtos e serviços de informação e comunicações.

  • Ivana Bittencourt dos Santos Severino, Universidade Federal da Bahia

    Graduada em Arquivologia no Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia -ICI/UFBA. Mestranda em Ciência da Informação pelo PPGCI/UFBA (2015). Colaborou com o projeto Acervo Lia Robatto: memória e dança na Bahia, apoiado pelo Governo Estadual da Bahia, através da Secretaria de Cultura/Fundação Pedro Calmon. Dedica-se, ainda, ao registro e ao controle dos documentos que compõem o arquivo pessoal de Lia Robatto por meio do software ICA-AtoM. Colaboradora no tratamento arquivístico do acervo do Memorial da Escola de Dança da UFBA.Graduada em Psicologia pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI(1994). Pós-Graduação em Psicologia Social pela mesma universidade(1995). Pós-Graduação em Avaliação Psicológica pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL (2005). Tem experiência na prestação de serviços de consultoria em psicologia , avaliação psicológica e recrutamento e seleção de pessoal. Credenciada pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Membro do Grupo de Pesquisa Saberes e Fazeres em Informação e Conhecimento (GEINFO) e da Associação de pesquisadores em CrÍtica Genética (APCG). Presidente da Associação de Arquivistas do Estado da Bahia (AABA), biênio 2017/2018. Bolsista Capes.

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Publicado

2018-08-08

Como Citar

Mota, M. M., & Severino, I. B. dos S. (2018). A cena teatral documentada: identificação arquivística e processos de criação. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 34, 106-118. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i34p106-118