Semiótica e historiografia linguística: disciplinas contra-hegemônicas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v18i3p115-136

Palabras clave:

Semiótica, historiografia linguística, história das ideias semióticas, epistemologia

Resumen

Com base nas concepções da historiografia linguística e da história das ideias linguísticas, disciplinas como a semiótica geral podem ser consideradas contra-hegemônicas na medida em que desafiam o status quo de um determinado estado de ciência. Em vista disso, este trabalho propõe uma leitura crítica do modo como os semioticistas ocuparam-se da história da semiótica do discurso. Partindo de evidências que demonstram a força da abordagem historiográfica nos estudos semióticos, analisamos algumas abordagens historiográficas em semiótica, para propor as linhas gerais de uma meta-historiografia de inspiração semiótica.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Jean Cristtus Portela, Universidade Estadual Paulista

    Professor Associado do Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas e do Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Pesquisador do CNPq.

Referencias

Almeida, D. C. (2010). A vertente tensiva da semiótica greimasiana no Brasil: Breve estudo historiográfico. Cadernos de Semiótica Aplicada, 7(2), 1-23. https://tinyurl.com/rfw862jx

Altman, C. (1998). A pesquisa linguística no Brasil (19681988). Humanitas.

Altman, C. (2012). História, estórias e historiografia da linguística brasileira. Todas as Letras, 14(1), 14-37. https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/4526/3488

Altman, C. A. (2021). A guerra fria estruturalista: Estudos em historiografia linguística brasileira. Parábola.

Auroux, S. (1989). Histoire des idées linguistiques (tome 1). Mardaga.

Auroux, S. (1992). Histoire des idées linguistiques (tome 2). Mardaga.

Auroux, S. (2000). Histoire des idées linguistiques (tome 3). Mardaga.

Auroux, S. (2014). A revolução tecnológica da gramatização (3a ed). Pontes.

Badir, S. (2013). Sémiotique et langage: Une présentation historico-épistémologique. In C. Normand & E. Sofia (Eds.), Espaces théoriques du langage: Des parallèles floues. Academia.

Barros, D. L. P. (1999). Estudos do texto e do discurso no Brasil. DELTA, 15(especial), 183-199. https://doi.org/10.1590/S0102-44501999000300008

Barros, D. L. P. (2007). Rumos da semiótica. Todas as Letras, 9(1), 12-23. http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/648

Barros, D. L. P. (2012). A semiótica no Brasil e na América do Sul: Rumos, papéis e desvios. Revista de Estudos da Linguagem, 20, 149-186. https://doi.org/10.17851/2237-2083.20.1.149-186

Batista, R. (2023). A linguística brasileira: Percursos históricos. Mackenzie.

Batista, R., & Bastos, N. B. (Orgs.). (2020). Questões em historiografia da linguística: Homenagem a Cristina Altman. Pá de Palavra.

Beividas, W. (2013). Sur l’épistémologie du Résumé: Pas de philosophie sans linguistique. Janus – Quaderni del circolo glossematico, 1, 163-175.

Beividas, W. (2015a). A teoria da linguagem de Hjelmslev: Uma epistemologia imanente do conhecimento. Estudos Semióticos, 11(1), 1-10. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2015.103769

Beividas, W. (2015b). A semiótica tensiva: Uma teoria imanente do afeto. Cadernos de Semiótica Aplicada, 13(1), 43-86. http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/7607/5436

Beividas, W. (2015c). L’immanence sémiotique: perception ou sémioception? Metodo. International Researches in Phenomenology and Philosophy, 3, 165-184. https://doi.org/10.19079/metodo.3.1.165

Beividas, W. (2016). A semiologia de Saussure como epistemologia do conhecimento. Revista de Estudos da Linguagem, 24(1), 35-64. https://doi.org/10.17851/2237-2083.24.1.35-64

Broden, T. (2013). Diachronies et régimes discursifs de la biographie intellectuelle. In D. Bertrand, I. Darrault-Harris, M. G. Dondero & V. Estay (Orgs.), Actes du Congrès de l’Association Française de Sémiotique “Sémiotique et diachronie” (pp. 1-10). Liège. https://afsemio.fr/publications/actes_congres/semiotique-et-diachronie-actes-du-congres-de-lafs-2013/

Burks, A. W. (1949). Icon, index, and symbol. Philosophy and Phenomenological Research, 9(4), 673-689. https://doi.org/10.2307/2103298

Caire-Jabinet, M.-P. (2013). Introduction à l’historiographie (3a ed). Armand Colin.

Castro, C. M. (2022) A noção de planos da linguagem na semiótica discursiva [Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório da Unesp. https://tinyurl.com/4mpcd6ry

Chevalier, J.-C., & Encrevé, P. (2006). Combats pour la linguistique, de Martinet à Kristeva: Essai de dramaturgie épistémologique. ENS Édition.

Coelho, O. (Org.). (2018). A historiografia linguística no Brasil (1993-2018): Memórias, estudos. Pontes.

Coelho, O. (Org.). (2021). Fontes para a historiografia linguística: Caminhos para a pesquisa documental. Pontes.

Coquet, J.-C. (Org.). (1982). Sémiotique: L’École de Paris. Hachette.

Delacroix, C., Dosse, F., Garcia, P., & Offenstadt, N. (Orgs.). (2010a). Historiographies I: Concepts et débats. Gallimard.

Delacroix, C., Dosse, F., Garcia, P., & Offenstadt, N. (Orgs.). (2010b). Historiographies II: Concepts et débats. Gallimard.

Fiorin, J. L. (1995a). Semântica estrutural: O discurso fundador. In É. Landowski, A. C. Oliveira (Orgs.), Do inteligível ao sensível: Em torno da obra de Algirdas Julien Greimas. Educ.

Fiorin, J. L. (1995b). Noção de texto na semiótica. Organon, 9(23), 163-174. https://doi.org/10.22456/2238-8915.29370

Fiorin, J. L. (1996). O corpo nos estudos da semiótica francesa. In I. A. Silva (Org.), Corpo e sentido: A escuta do sensível (pp. 85-96). Unesp.

Fiorin, J. L. (1999). Sendas e veredas da semiótica narrativa e discursiva. DELTA, 15(1). http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44501999000100009

Fiorin, J. L. (2002). Esboço da história do desenvolvimento da semiótica francesa. Cadernos de Estudos Linguísticos, 42, 131-146. https://doi.org/10.20396/cel.v42i0.8637144

Fiorin, J. L. (2003). O projeto hjelmsleviano e a semiótica francesa. Galáxia, (5), 19-52. http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1314/810

Fiorin, J. L. (2004). Semiótica e comunicação. Galáxia, (8), 13-30. http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/1390/869

Fiorin, J. L. (2006). Enunciação e semiótica. Letras, (33), 69-97. https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11924

Fiorin, J. L. (2007a). O sujeito na semiótica narrativa e discursiva. Todas as Letras, 9(1), 24-31. http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/649

Fiorin, J. L. (2007b). Semiótica e retórica. Gragoatá, 12(23), 9-26.

Fiorin, J. L. (2007c). Linguagem e ideologia. Ática.

Fiorin, J. L. (2016). À propos des concepts de débrayage et d’embrayage: Les rapports entre la sémiotique et la linguistique. Actes Sémiotiques, (119).

Fontanille, J. (2008). Pratiques sémiotiques. PUF.

Granado, A. H. (2021). Semiótica e cultura de massa: Um estudo historiográfico [Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório da Unesp. https://tinyurl.com/9pr7kk2z

Greimas, A. J. (1966). Sémantique Structurale. Larousse.

Hénault, A. (1992). Histoire de la sémiotique. PUF.

Hénault, A. (2009). História concisa da semiótica. (M. Marcionilo, Trad.). Parábola.

Hénault, A., & Beyaert, A. (2004). Ateliers de sémiotique visuelle. PUF.

Hjelmslev, L. (2003). Prolegômenos a uma teoria da linguagem. (T. Coelho Neto, Trad.). Perspectiva.

Koerner, E. F. K. (1989). Practicing linguistic historiography: Selected essays. John Benjamins.

Koerner, E. F. K. (1995a). Persistent issues in linguistic historiography. In K. R. Jankowsky (Org.), History of linguistics 1993: Papers from the Sixth International Conference on the History of the Language Sciences (ICHoLS VI) (pp. 3-25). John Benjamins.

Koerner, E. F. K. (1995b). Professing linguistic historiography. John Benjamins.

Koerner, E. F. K., & Asher, R. E. (Orgs.). (1995). Concise history of the language sciences: From the Sumerians to the cognitivists. Pergamon Press.

Landowski, É. (Org.). (1997). Lire Greimas. Pulim.

Landowski, É. (2002). Presenças do outro. (M. A. L. Barros, Trad.). Perspectiva.

Landowski, É. (2004). Passions sans nom: Essais de socio-sémiotique III. PUF.

Landowski, É. (2007). Le papillon tête-de-Janus: à propos de Sémantique structurale, quarante ans après. Actes Sémiotiques, (110). https://doi.org/10.25965/as.1540

Lopes, E. (1997). A identidade e a diferença: Raízes históricas das teorias estruturais da narrativa. Edusp.

Lopes, I. C. (2010). Les activités sémiotiques au Brésil en 2010: Survol à grande altitude. Signata – Annales des Sémiotiques, 1, 1-2.

Lopes, I. C. (2011). Coup d’oeil sur la sémiotique au Brésil en 2011. Signata – Annales des Sémiotiques / Annals of Semiotics, 2, p. 1-3.

Lopes, I. C. (2012). La sémiotique au Brésil en 2012: Un aperçu. Signata – Annales des Sémiotiques, 3, 1-4.

Lopes, I. C. (2014). L’année 2014 dans la sémiotique brésilienne: Quelques repères. Signata – Annales des Sémiotiques, 5, 1-8. http://web.philo.ulg.ac.be/signata/wp-content/uploads/sites/23/2015/05/Bresil_2014.pdf

Moreira, P. V. (2019). A emergência do sensível na semiótica discursiva: Uma abordagem historiográfica [Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório da Unesp. https://tinyurl.com/3t7f3xss

Moreira, P. V., Santos. F. K. R., & Portela, J. C. (2021). A citação em textos científicos: Uma análise semio-historiográfica do argumento de influência. Estudos Linguísticos, 50(1), 262-280. https://doi.org/10.21165/el.v50i1.2945

Murray, S. O. (1994). Theory groups and the study of language in North America: A social history. John Benjamins.

Newmeyer, F. J. (1996). Generative Linguistics: A historical perspective. Routledge.

Nöth, W. (1990). Handbook of semiotics. Indiana University Press.

Portela, J. C. (2016). Sémiotique de la bande dessinée: Regards sur la théorie franco-belge. Signata – Annales des Sémiotiques, 7, 391-407. https://doi.org/10.4000/signata.1247

Portela, J. C. (2018). História das ideias semióticas: entre cronistas e inovadores. Estudos Semióticos, 14(1), 138-143. https://tinyurl.com/ytkje6fh

Portela, J. C. (2019). Semiótica e ideologia. Revista do GEL, 16(1), 132-142. https://doi.org/10.21165/gel.v16i1.2778

Prado, M. G. S. (2018). A enunciação na semiótica discursiva: Um estudo historiográfico [Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório da Unesp. https://tinyurl.com/ycx3srt7

Rastier, F. (1997). Les fondations de la sémiotique et le problème du texte: Questions sur les «Prolégomènes à une théorie du langage» de Louis Hjelmslev. Texto! Textes et cultures. http://www.revue-texto.net/Inedits/Rastier/Rastier_Fondations.html

Santos, A. A. (2014). De Propp a Ricoeur: Origens e impasses da semiótica narrativa [Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório da Unesp. https://tinyurl.com/37zhmj2x

Santos, F. K. R. (2020). O conceito de figuratividade e as práticas de institucionalização da semiótica no Brasil e na França [Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório da Unesp. https://tinyurl.com/4m6b7ap6

Swiggers, P. (1990). Reflections on (models for) linguistic historiography. In W. Hüllen (Ed.), Understanding the historiography of linguistics: Problems and projects (pp. 21-34). Nodus.

Swiggers, P. (1997). Histoire de la pensée linguistique: Analyse du langage et réflexion linguistique dans la culture occidentale, de l’Antiquité au XIXe siècle. PUF.

Swiggers, P. (2012). Historiografia da linguística: objeto, metodologia, modelização. Todas as Letras, 14(1), 38-53. http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/4527

Zilberberg, C. (2004). Razão e poética do sentido. Edusp.

Publicado

2024-12-31

Número

Sección

Dossiê

Cómo citar

Portela, J. C. (2024). Semiótica e historiografia linguística: disciplinas contra-hegemônicas. MATRIZes, 18(3), 115-136. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v18i3p115-136