País(es) que habito
conflitos e resiliências do nacional
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2018.145974Palavras-chave:
Televisão cubana, Formatos televisivos, NacionalismoResumo
O artigo apresenta uma discussão sobre o show de talentos musicais Sonando en Cuba (2015-2016) e sua tentativa de emergir como um discurso de resistência e reafirmação da nacionalidade em um contexto de globalização cultural. Reconhecido como uma das maiores produções midiáticas domésticas dos últimos anos, o programa foi lançado na conjuntura de importantes mudanças políticas e socioeconômicas que impulsionaram o reposicionamento da ilha no mapa político-cultural internacional e gerou na mídia estrangeira novas narrativas sobre a política, identidade e história da nação. Mas esse (re)aparecer no mapa simbólico ocidental também obrigou a repensar as estratégias nacionais de autorrepresentação e visibilidade para o exterior, ambos aspectos visíveis nas contraditórias narrativas geradas por Sonando en Cuba. Assim, este trabalho é um convite ao debate sobre territorialidades e representatividade, no contexto de dialogismos, coexistências e lutas das identidades nacionais na ontologia hegemônica ocidental.
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