Alteridade e recusa identitária: A construção da imagem do usuário de crack

Autores

  • Manoel de Lima Acioli Neto Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria de Fátima de Souza Santos Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-43272459201413

Resumo

O discurso veiculado tanto na imprensa quanto nas comunicações cotidianas tem situado o usuário de crack como dependente ou criminoso. O objetivo desse estudo foi analisar a construção da alteridade em torno da imagem do usuário de crack. Para isso, foram entrevistados 14 usuários de crack de diferentes localidades e realizada Análise Temática de Conteúdo das informações obtidas. Diante desses discursos, pode-se afirmar que a figura do usuário de crack se institui numa alteridade, em que o próprio indivíduo inserido nessa condição não se apropria. Desse modo, apesar dos usuários apresentarem que suas ações não se determinam em relação às normas decorrentes de suas redes interacionais, as representações hegemônicas de seus contextos de uso remetem essas atividades como verdades sobre o crack. Assim, mesmo vivenciando outras experiências com a droga, acreditam que seu uso remete ao âmbito do prazer destrutivo e da impossibilidade de ação voluntária.

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Publicado

2014-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Acioli Neto, M. de L., & Santos, M. de F. de S. (2014). Alteridade e recusa identitária: A construção da imagem do usuário de crack . Paidéia (Ribeirão Preto), 24(59), 389-396. https://doi.org/10.1590/1982-43272459201413