Reflexões sobre um necessário reencantamento da hospitalidade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfauusp.2024.222185Palavras-chave:
Hospitalidade, Cidadania, Soleira, Arendt, DerridaResumo
Invocações nacionalistas, desencantamentos democráticos, criação generalizada de áreas de exclusões desumanas, populações mantidas de fora mesmo dentro de seus territórios, conflitos inter-raciais, interculturais, religiosos, ao mesmo tempo vistos como avatares de civilidade. O mundo atual exige que nos debrucemos uma vez mais sobre a hospitalidade, uma hospitalidade ainda por vir, desconhecida, inominável, que certamente exigirá um exercício de reposicionamentos e deslocamentos do conceito de sujeito, cidadania, humanidade, política, justiça, fronteiras, dentro e fora. Mas, para esse exercício de um devir-hospitalidade, será necessário olharmos para trás para [re]pensarmos o presente e o futuro. Para tanto, filósofos que se dedicaram a teorizar sobre cidadania, o direito de existência do outro, a ideia de justiça a partir da chegada do outro e com o outro, pensadores como Kant, Lévinas, Ricoeur, Arendt, Derrida, Rancière foram convocados para nos ajudar nessa tarefa de pensar um [im]possível reencantamento de uma hospitalidade que governos não cessam de colocar em xeque por questionarem seus limites e virtude.
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Referências
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