Cinearte y Adhemar Gonzaga: relaciones interamericanas e industria cinematográfica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2023.211646Palabras clave:
Crítica cinematográfica, Cinearte, Adhemar Gonzaga, Concurso de belleza, Versiones en españolResumen
El artículo se acerca a la revista de cine Cinearte y uno de sus directores, Adhemar Gonzaga. Como muchos de los críticos de cine latinoamericanos de la época, Gonzaga circuló en espacios políticos privilegiados del campo artístico-cultural, y ese acceso determinó las inclinaciones que afloraron en la revista. En 1930, fundó el estudio de cine Cinédia, convirtiéndose también en director y productor de cine, muy dedicado en crear estrellas para el cine nacional. El año corresponde al período de transición del cine mudo al sonoro, que destacó cuestiones asociadas a los estándares culturales nacionales y entró en un debate permanente sobre las identidades culturales en torno a las relaciones poscoloniales entre Europa y América Latina, así como las relaciones interamericanas (JARVINEN, 2012). Para Xavier (1978), Cinearte fue la expresión contradictoria de la industrialización triunfante y la colonización cultural, sin embargo, aquí se entiende que ella fue un agente con papel activo en el juego discursivo propuesto por Hollywood, influyendo en los diferentes segmentos del público brasileño para incorporar ciertas prácticas y desarrollar una visión sobre lo que serían considerados estándares para la realización cinematográfica. El artículo examina la negociación entre el proyecto de defensa del cine brasileño llevado a cabo por la revista y las imágenes de la latinidad creadas por Hollywood, a partir de dos episodios: el concurso de belleza de Fox Film de 1926 y las versiones en español.
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