Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.108573Palavras-chave:
Informalidade, formalização, valor, etnografia, camelódromo, La SaladaResumo
A antropologia dos mercados informais sempre enfrentou com alguma dificuldade o problema básico de propor definições acerca do que seja o informal. Economistas e sociólogos propuseram conceituações por demais generalizantes, atrelando-as à economia formal; antropólogos esbarram em concepções excessivamente particularizantes, muitas vezes negando a capacidade heurística da noção. Esse artigo sugere uma terceira via para o problema, explorando as políticas econômicas de produção do valor de sujeitos, objetos e lugares, uns em relação de mútua definição com os outros. O enfoque recai sobre as disputas de sentido a partir de onde certos discursos sobre a informalidade – imaginados, móveis e incompletos – são materializados e performatizados. Etnograficamente, parte, de um lado, da transição do mercado de rua para um shopping popular, em Porto Alegre/RS; de outro, dos debates públicos entre jornalistas, empresários e mercadores acerca da expansão da feira informal “La Salada”, considerada a maior do mundo, em Buenos Aires.Downloads
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