As metamorfoses dos humanos em presas do timbó. Os Suruwaha e a morte por envenenamento

Autores

  • Miguel Aparicio Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.108576

Palavras-chave:

Suruwaha, Rio Purus, Transformações indígenas, Suicídio indígena

Resumo

Os Suruwaha das últimas gerações consolidaram a prática do envenenamento com timbó, até o ponto de constituir a causa mortis dominante neste grupo indígena do vale do rio Purus. Na tentativa de superar as concepções suicidológicas ocidentais, e indo além de explicações de teor exclusivamente sociológico, o artigo propõe uma tradução (Carneiro da Cunha, 1998) que possibilite o acesso ao pensamento nativo sobre morte e transformação. À luz dos regimes de subjetivação suruwaha, e como deriva dos processos xamânicos, os mortos por envenenamento, capturados pela subjetividade não humana do espírito do timbó, vivem uma alteração que os transforma em presas por excelência. Através da prática do envenenamento, os Suruwaha projetam, num mundo transformacional, a sua constituição como humanos em contraste com a dos mortos não humanos, alterados na condição nova de presas do timbó.

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Biografia do Autor

  • Miguel Aparicio, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional
    Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional

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Publicado

2015-12-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Aparicio, M. (2015). As metamorfoses dos humanos em presas do timbó. Os Suruwaha e a morte por envenenamento. Revista De Antropologia, 58(2), 314-344. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2015.108576