Jorge Amado, sincretismo e candomblé: duas travessias
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.1995.111439Palavras-chave:
cultos afro-brasileiros, Jorge Amado, sincretismo, antropologia simbólica.Resumo
Jorge Amado, um dos mais afamados escritores do Brasil, em muitas de suas novelas focalizou o culto afro-brasileiro do candomblé e sua prática na Bahia. Pode-se mesmo dizer que, em grande medida, as idéias mais generalizadas a respeito do candomblé da Bahia devem às novelas de Jorge Amado sua ampla difusão por todo o mundo. Mas evidentemente a apresentação que Jorge Amado faz desse culto em suas novelas não equivale a um documentário, a uma etnografia. Sua interpretação do sistema simbólico do candomblé merece consideração antropológica, e em particular o seu envolvimento pessoal com este mundo religioso é um dado que deve ser ponderado antropologicamente: embora Jorge Amado se defina como um ateu, ele tomou posição de modo firme como defensor do sincretismo entre o culto afro-brasileiro e o católico. O presente estudo aborda o tratamento que dá Jorge Amado ao problema do sincretismo católico/afro-brasileiro em duas de suas novelas, Tenda dos milagres e O sumiço da santa.
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