Comunismo ou comunalismo? A política e o "Ensaio sobre o dom"

Autores

  • David Graeber Yale University; Department of Anthropology
  • Marcos Lanna UFScar; Departamento de Ciências Sociais

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012005000200003

Palavras-chave:

Marcel Mauss, Comunismo, Estado

Resumo

Este artigo aborda o contraste entre uma modalidade de troca explicitamente qualificada por Mauss, na década de 1930, como "comunista" e as modalidades "agonística" e "mercantil". Mauss nunca foi comunista, mas sim um socialista engajado. Como tal, lançou à Revolução Russa seu olhar de etnógrafo, sem deixar de considerar sua importância como "experimento". Vê como inspiração do Ensaio sobre o dom o impacto que lhe causaram tanto uma visita à Rússia comunista no início da década de 1920 como a Nova Política Econômica de Lênin, que reconhecia a impossibilidade de abolição do mercado. Questão implícita do Ensaio é a possibilidade de uma nova sociedade, na qual o Estado englobaria o mercado, ambos entendidos como transformações lógicas e históricas de formas particulares da dádiva, o tributo no caso do Estado.

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Publicado

2005-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Graeber, D., & Lanna, M. (2005). Comunismo ou comunalismo? A política e o "Ensaio sobre o dom" . Revista De Antropologia, 48(2), 501-523. https://doi.org/10.1590/S0034-77012005000200003