Indigenismo e ambientalismo na Amazônia ocidental: a propósito dos Ashaninka do rio Amônia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-77012007000200005Palavras-chave:
Ashaninka, ambientalismo, indigenismo, desenvolvimento sustentável, alto JuruáResumo
A partir de um olhar centrado nos Ashaninka do rio Amônia, região do alto Juruá, este artigo discute as relações entre indigenismo e ambientalismo que marcaram a história do Acre nos últimos vinte anos. No contexto regional da Aliança dos Povos da Floresta, os Ashaninka se organizaram progressivamente contra a exploração predatória de madeira e buscaram alternativas econômicas pautadas na ideologia do"desenvolvimento sustentável". Ao longo dos últimos quinze anos, eles se tornaram um arquétipo do"índio ecológico" e adquiriram uma visibilidade política inédita. Recentemente, criaram a Escola Yorenka Ãtame (Saber da Floresta), que objetiva fomentar e difundir os ideais do"desenvolvimento sustentável" por toda a bacia do alto Juruá. Ao retraçar a trajetória específica e a inserção dos índios do rio Amônia nesse contexto regional, este artigo procura refletir sobre as relações dos povos indígenas com o"novo" paradigma do desenvolvimento amazônico.Downloads
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