O Direito às origens: segredo e desigualdade no controle de informações sobre a identidade pessoal
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2010.36434Palavras-chave:
Antropologia do direito, direitos da criança, Lei de Adoção, administração da justiça.Resumo
Neste artigo, analiso a interação entre adotados adultos em busca de suas origens biológicas e as figuras de autoridade que detêm informações sobre essas origens. Retomo brevemente a história do segredo envolvido na adoção, para desembocar na nova Lei de Adoção brasileira, que garante aos adotados “acesso irrestrito” aos seus dossiês. Trago a narrativa de adotados contatados por meio de uma associação (em Porto Alegre, Brasil) sobre suas experiências frustradas de busca, assim como de funcionários do Juizado local. Partindo do pressuposto que a busca das origens encerra muitos dos problemas encontrados nas discussões sobre outros direitos fundamentais, demonstro ao longo do artigo que os direitos são politicamente construídos, que envolvem sujeitos vivendo num mundo relacional, e que sua implementação passa pela microfísica dos espaços administrativos.Downloads
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