Entre a folia e a bola de luz: reflexões sobre uma visão compartilhada com os sem-terra de Itapetininga-SP
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2012.59307Palavras-chave:
Sem-terra, experiência, performance, narrativas, MST, campesinato.Resumo
Enfoco neste trabalho o momento em que vi, com um grupo defoliões sem-terra, uma bola de luz no céu. Na tentativa de melhor compreenderesse evento, procuro refletir sobre as relações entre a Folia de Reis, ashistórias de assombração e os lugares que fui ocupando na vida social doassentamento à medida que realizava minha pesquisa de campo. Tomandocomo referência os trabalhos de Bauman (1977), procuro reconstituir sucintamenteos pontos marcantes da etnografia da performance que realizeino Assentamento Carlos Lamarca, através da qual dois gêneros discursivossurgiram como fundamentais para entender a experiência dos assentados(Turner, 1986): as falas sobre a “nossa luta” e as “histórias de assombração”.Pensando com Favret-Saada (2005) e Ingold (2000), busco então refletirsobre a visão compartilhada da bola de luz como um evento que alterou demodo significativo o lugar que eu vinha ocupando na sociabilidade do assentamentoe que me fez compreender de modo diferente as narrativas quevinha ouvindo e tentando interpretar.Downloads
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