Para além de terras altas e terras baixas: modelos e tipologias na etnologia sul-americana
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.89114Palavras-chave:
Americanismo, modelos etnológicos, áreas culturais, Andes, Amazônia, história da antropologiaResumo
Este artigo procura pôr em questão a forma e os recursos conceituais pelos quais a etnologia moderna buscou consagrar a divisão entre as terras altas e as terras baixas da América do Sul como domínios etnográficos diferentes por natureza. O que aqui se defende é que esta divisão é, antes de mais nada, sucedâneo de um modelo analítico. Uma mudança de modelo etnológico poderia, dessa forma, desembocar na dissolução de fronteiras presumidas como naturais. Entre Andes e Amazônia, por exemplo. Nesse sentido, procura-se aqui sugerir, sintética e preliminarmente, a partir de um caso etnográfico específico, uma aproximação interpretativa dos contextos etnográficos dessas duas regiões, por meio de uma perspectiva antagônica àquela que consagrou a “grande divisão” continental.
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