O sublime, as mulheres e os negros nas Observações do jovem Kant
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i17p74-92Schlagwörter:
Sublime, Kant, Iluminismo, Filosofia da históriaAbstract
O objetivo deste artigo é perseguir as consequências teóricas das caracterizações estético-antropológicas e naturalistas dos gêneros e das raças fundadas na categoria de sublime, tal como apresentada nas Observações. Com isso, gostaríamos de mostrar como a oposição entre bela aparência e sublime virtude, por um lado, e as dualidades e gradações internas do sublime, por outro, levam o jovem Kant a realizar passagens, proibidas por ele mesmo em sua exposição, entre o campo pragmático das observações e o campo teórico da filosofia, implicando em conclusões que representam, num quadro maior, as contradições possíveis do discurso iluminista, sobretudo na forma da relação metodologicamente irmanada entre história natural, filosofia da história, crítica de gosto e antropologia. Entrementes, o saldo da pesquisa detida do sublime nesse ensaio do período pré-crítico revela muitas marcas que persistem e se desenvolvem na compreensão kantiana dessa noção no período crítico, como sua relação com o fanatismo (Schwärmerei), suas dualidades e sua condição como sentimento moral em si mesmo e também moralmente formativo.
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Literaturhinweise
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