Teias de interdependência na equoterapia brasileira:

ações, saberes e atores sociais no caso sul-rio-grandense

Autores/as

  • Ester Liberato Pereira Universidade Estadual de Montes Claros
  • Janice Zarpellon Mazo Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509202000020237

Palabras clave:

Equitação terapêutica, Hipismo, Clubes, Militares, Universidades

Resumen

O presente estudo aborda a ação de distintas práticas equestres, bem como de instituições responsáveis pelas mesmas, na consolidação da Equoterapia no Rio Grande do Sul, entre as décadas de 1990 e 2010. A partir do referencial teórico de Norbert Elias, a Equoterapia é enfocada como prática inserida em uma “configuração dinâmica” resultante da interpendência de ações, saberes e atores sociais, procedentes de universidades, regimentos de cavalaria, associações esportivas equestres e centros equoterápicos. Este artigo busca investigar como ocorreu a disposição da prática da Equoterapia no Rio Grande do Sul, desde suas primeiras iniciativas de composição registradas no estado. Para compreender este processo em uma concepção sócio histórica, procedeu-se à análise documental de fontes impressas. A interpretação das fontes evidenciou que, por meio de subsídios técnico-científicos transferidos do Hipismo à Equoterapia, vinculados às áreas da saúde, educação e equitação, foram compostos os alicerces que determinariam os espaços comuns entre as duas práticas equestres. De tal modo, os fios iniciais da emergência desta teia foram traçados por militares e civis na Equoterapia. Tais fios tornaram-se espessos e se fortaleceram a partir do contato da prática da Equoterapia com o meio universitário, cujos primeiros indícios são identificados no ano de 1994, no Rio Grande do Sul. Os fios da teia complexificam o seu emaranhado a partir da relação estabelecida entre a Equoterapia e associações equestres esportivas. Averiguou-se que a Equoterapia é produto e produtora de um cenário equestre esportivo desenvolvido no referido estado brasileiro. Em outras palavras, argumenta-se que ela faz parte de uma teia equestre-esportiva, a qual está em constante transformação, com novas configurações sendo produzidas.

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Publicado

2020-06-20

Número

Sección

Artículos

Cómo citar

Pereira, E. L., & Mazo, J. Z. (2020). Teias de interdependência na equoterapia brasileira:: ações, saberes e atores sociais no caso sul-rio-grandense. Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 34(2), 237-248. https://doi.org/10.11606/1807-5509202000020237