Setorialidade ou intersetorialidade? O caso das políticas públicas de lazer em Brotas, São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.v35i2p195-206Palavras-chave:
Lazer, Políticas públicas, Gestão setorial, Gestão intersetorialResumo
O objetivo desta pesquisa foi analisar as políticas públicas de lazer de Brotas/SP, na gestão municipal de 2009-2012 e se a intersetorialidade estava presente nessa gestão. O foco foram as secretarias que mantinham ações sobre o tema (Esportes e Cultura, Turismo, Meio Ambiente, Educação e Ação Social). Analisamos se a setorialidade ou a intersetorialidade estavam mais presentes na gestão de políticas públicas de lazer do município. Como método, usamos a análise documental, observações das reuniões e entrevistas semiestruturadas com gestores e servidores daquelas secretarias. Concluímos que, ao se pensar na efetivação do direito ao lazer, as políticas públicas implementadas em Brotas ainda são muito tímidas. Elemento catalisador, as práticas corporais de lazer na natureza se apresentam muito restritas ao cidadão brotense, tornando-se um privilégio para o turista que pode pagar operadoras que, de certo modo, privatizaram espaços naturais de interesse público. Assim, antes da defesa da intersetorialidade, é fundamental a materialização do lazer como política setorial forte e com gestores e técnicos com competência técnica e política, capazes de defender e fazer valer suas posições no jogo político. Há que se pensar que tal fato também decorre de uma sustentação argumentativa em prol da democratização do lazer.
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