Das palavras às imagens e o contrário também. Um estudo da adaptação do romance Vidas Secas para o cinema
DOI:
https://doi.org/10.3232/REB.2017.V4.N7.2822Palavras-chave:
Vidas Secas, literatura brasileira, cinema brasileiro, adaptação.Resumo
Em 1938, Graciliano Ramos publicou o romance Vidas Secas. Um “livrinho sem paisagens, sem diálogos e sem amor”, que se transformou num dos clássicos da literatura. Em 1963, Nelson Pereira dos Santos adaptou esse “livrinho seco” e produziu um dos clássicos do cinema brasileiro. A proposta desse artigo é mostrar como Graciliano Ramos olhou e traduziu as paisagens em imagens literárias e como Nelson Pereira leu as palavras de Graciliano Ramos e as transformou em imagens cinematográficas. Especificamente, entender como o arranjo de palavras e de imagens na construção da narrativa faz com que uma obra permaneça atual e provoque o leitor e o espectador para que sejam sempre lidas, vistas e estudadas.