Corpos em trânsito: espaços, emoções e representações que (des) constroem realidades

Autores

  • Jaime Alonso Caravaca-Morera Universidad de Costa Rica
  • Maria Itayra Padilha Universidade Federal de Santa Catarina; Departamento de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1980-220x2016036103203

Resumo

OBJETIVO Analisar as representações sociais do corpo entre pessoas transexuais brasileiras e costa-riquenhas por meio das suas histórias de vida. MÉTODO Pesquisa qualitativa, multicêntrica e descritiva. A população do estudo foi composta por 70 participantes. Contou-se com a colaboração de duas organizações, em Florianópolis, SC-Brasil e em San José, capital da Costa Rica para coletar as informações. Os dados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo. RESULTADOS A partir dos resultados, desvelou-se uma única representação social associada à corporeidade: “Corpos modelados: sobre a elasticidade da corporeidade”. Esta representação descreveu duas unidades de contexto elementar (matrizes do discurso) claras. A primeira delas associa o corpo a um objeto inconcluso, transitório, volátil, maleável, moldável e fluido, enquanto a segunda relaciona o corpo com uma instituição própria, mas regulada e controlada pelos outros. CONCLUSÃO Conclui-se que o corpo transexual é uma instituição volúvel, efêmera, transformável e atravessada pelas marcas de um tempo historizante e historizável, que se inscreve não só naquilo que pode ser nomeado diante do emprego de signos linguísticos, mas também naquilo que pertence ao registro do inominável em termos de percepções e sensações socioculturais.

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Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Caravaca-Morera, J. A., & Padilha, M. I. (2017). Corpos em trânsito: espaços, emoções e representações que (des) constroem realidades . Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 51, e03203-. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2016036103203