Notificação de parceiros sexuais com infecção sexualmente transmissível e percepções dos notificados
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000400011Palavras-chave:
Doenças Sexualmente Transmissíveis, Infecções por HIV, Parceiros Sexuais, Busca de Comunicante, Enfermagem em Saúde PúblicaResumo
OBJETIVO Conhecer as percepções dos pacientes com infecções sexualmente transmissíveis e parceiros sexuais sobre a notificação da infecção. MÉTODO Estudo descritivo e qualitativo, baseado na técnica do discurso do sujeito coletivo, realizado em quatro Unidades de Saúde de referência em Fortaleza/CE, de março a julho de 2014. Amostra composta por 21 sujeitos (11 pacientes-índice e 10 parceiros notificados). RESULTADOS Pacientes-índice relataram cumplicidade, preocupação com a saúde do parceiro e revelação do diagnóstico como forma de preservação do relacionamento. Para os parceiros, as percepções foram antagônicas: tranquilidade-traição, medo da morte, da incurabilidade e do diagnóstico, especialmente do HIV. Os motivos para o comparecimento foram: medo de estar doente, atenuação da culpa relativa à transmissão, necessidade do diagnóstico, início precoce do tratamento. CONCLUSÃO Predominou o medo da quebra da confiança, inseguranças em lidar com uma infecção sexual e ser responsável ou corresponsável pela transmissão. As formas de comunicação às parcerias sexuais foram diversificadas (verbal, telefone, cartão de comunicação), atendendo a uma conveniência individual. Sugere-se a união de métodos alternativos de notificação e um sistema de notificação integrado.Downloads
Os dados de download ainda não estão disponíveis.
Downloads
Publicado
2016-06-01
Edição
Seção
Artigo Original
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Como Citar
Cavalcante, E. G. F., Miranda, M. C. C., Carvalho, A. Z. F. H. T. de, Lima, I. C. V. de, & Galvão, M. T. G. (2016). Notificação de parceiros sexuais com infecção sexualmente transmissível e percepções dos notificados. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 50(3), 450-457. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000400011