Resistências à colaboração interprofissional na formação em serviço na atenção primária à saúde*

Autores

  • Luana Pinho de Mesquita Lago Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Departamento de Estomatologia, Saúde Coletiva e Odontologia Legal, Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-9863-3062
  • Daniel Vannucci Dóbie Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Medicas, Departamento de Saúde Coletiva, Campinas, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-5583-1109
  • Cinira Magali Fortun Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Departamento de Enfermagem Materno-infantil e Saúde Pública, Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-2808-6806
  • Solange L’Abbate Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Medicas, Departamento de Saúde Coletiva, Campinas, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-2163-0901
  • Jaqueline Alcântara Marcelino da Silva Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Enfermagem, São Carlos, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-8307-8609
  • Silvia Matumoto Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Departamento de Enfermagem Materno-infantil e Saúde Pública, Ribeirão Preto, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-8590-5276

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0473en

Palavras-chave:

Educação Interprofissional, Internato não médico, Educação Profissional em Saúde Pública, Prática Institucional, Atenção Primária à Saúde, Pesquisa Qualitativa

Resumo

Objetivo: fazer uma análise pelas resistências à colaboração interprofissional nas práticas profissionais de residentes na atenção primária à saúde. Método: Pesquisa qualitativa Sócio-clínica com 32 residentes de uma Residência Multiprofissional, realizada de 2017 a 2018. A produção de dados incluiu Análise Institucional das Práticas Profissionais, análise documental; diário do pesquisador; e observação. Os dados foram analisados a partir de conceitos da Análise Institucional. Resultados: Revelaram-se contradições entre a reprodução da educação uniprofissional com foco na especialidade e práticas colaborativas interprofissionais. A análise resistencial apontou dois eixos: não-saber como analisador de resistências à colaboração; interferências interprofissionais e relações de saber-poder. As práticas dos residentes foram caracterizadas pela resistência à colaboração interprofissional. Conclusão: A análise resistencial na Residência Multiprofissional evidenciou movimentos integrativos de assimilação e disputas com o poder médico-centrado, com prejuízos ao compartilhamento do cuidado e à comunicação interprofissional. A análise coletiva questionou a formação de profissionais de saúde, revisitando a perspectiva do cuidado integral orientado pelas necessidades dos usuários.

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Publicado

2022-05-13

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Lago, L. P. de M., Dóbie, D. V., Fortun, C. M., L’Abbate, S., Silva, J. A. M. da, & Matumoto, S. (2022). Resistências à colaboração interprofissional na formação em serviço na atenção primária à saúde*. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 56, e20210473. https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0473en